Oposição sobe o tom na manifestação
Durante a manifestação patriota deste domingo, que levou mais de 1,5 milhão de pessoas à Avenida Paulista, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, defendeu a candidatura do presidente Jair Bolsonaro à Presidência em 2026 e pediu anistia aos investigados pelos atos de 8 de janeiro. O discurso foi duro.
Tarcísio subiu ao trio elétrico por volta das 16h e foi aplaudido pela população que lotou a região. Sem citar diretamente o Judiciário, ele mandou um recado claro: “Não vamos aceitar a ditadura de um poder sobre o outro”, em referência ao que considera desequilíbrios entre os Poderes da República.
Logo no início, Tarcísio destacou o simbolismo da data: “Essa manifestação é para celebrar a Independência do Brasil. Mas é possível celebrar independência sem liberdade? Não existe independência sem liberdade”. A multidão respondeu com aplausos e gritos de apoio.
O governador fez questão de lembrar a ausência de Bolsonaro no ato: “Essa festa aqui não está completa porque Jair Messias Bolsonaro não está aqui conosco”. Em seguida, afirmou: “Só existe um candidato para nós: Jair Bolsonaro. Ele tem que disputar a eleição de 2026”.
Tarcísio também defendeu a anistia ampla aos envolvidos no 8 de janeiro e criticou o processo judicial. “Agora temos o julgamento de um crime que não existiu. Tentam criar uma narrativa de que o 8 de janeiro foi uma tentativa de golpe de Estado. Todos os advogados disseram que não conseguiram fazer a defesa. Como vou condenar uma pessoa sem nenhuma prova?”
Já na manifestação de Copacabana, no Rio de Janeiro, o senador Flávio Bolsonaro afirmou que irá se opor a qualquer projeto de anistia que exclua o presidente Jair Bolsonaro e criticou o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, comparando a situação do pai a um novo atentado.
“O que Alexandre de Moraes está fazendo com o meu pai hoje é uma segunda facada na alma. Ele abusa do seu poder para perseguir, prender uma pessoa inocente, com requintes de crueldade, para humilhar um cidadão de bem, que é o Jair Bolsonaro”, disparou. A referência é ao atentado de 2018, quando um esquerdista tentou matar seu pai.
Segundo o senador, o julgamento previsto para esta semana "não é um julgamento. Todo mundo já sabe o resultado. É um teatro armado para condenar o Bolsonaro”, afirmou.
Também em Copacabana, o deputado federal Carlos Jordy fez um discurso inflamado. Ele criticou o ministro Alexandre de Moraes, acusando o magistrado de perseguição política, fraude processual e violação de direitos humanos. O parlamentar também pediu a anulação dos processos relacionados aos atos de 8 de janeiro.
“Está sendo realmente muito especial que todos vocês, no dia da independência, no dia emblemático, saíram às ruas. Porque não há independência sem liberdade. E nós estamos vivendo os tempos mais sombrios da nossa história. O ministro que deveria ser o guardião da Constituição está se colocando acima das leis, acima da Constituição, acima da democracia, para perseguir seus adversários políticos.” Com Diário do Poder.
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