EUA isentam cacau e café do tarifaço
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou uma ordem executiva que concede isenções às tarifas sobre a importação de vários produtos agrícolas considerados estratégicos. O cacau e o café, importantes na balança comercial da Bahia, estão na lista, aliviando as preocupações do setor.
A Casa Branca justificou a ordem afirmando que esses produtos tirados do tarifaço “não podem ser cultivados, extraídos ou produzidos naturalmente em território norte-americano ou não estão disponíveis em quantidades suficientes para atender a demanda doméstica".
Além do cacau e do café, foram isentos banana, manga, mamão, abacate e kiwi, chás verde e preto, canela, cravo, cardamomo, açafrão, noz-moscada e pimenta. Todos eles passam a ser importados para os EUA com tarifa zero, "desde que cumpridos os requisitos de acordos comerciais recíprocos e de interesse nacional".
A Consumer Brands Association (CBA) destacou que a indústria de bens de consumo embalados, que emprega milhões de trabalhadores nos EUA, obtém 90% dos ingredientes de produtores domésticos, mas depende totalmente de insumos que o país não consegue produzir.
A CBA defende a isenção de outros produtos estratégicos, como aço estanho, vital para embalagens metálicas e não disponível nos EUA. A associação também diz que “o ônus agora recai sobre outros países para trabalhar em acordos que reduzam os déficits comerciais dos EUA, mas ao mesmo tempo permitam o acesso a produtos insubstituíveis".
O governo americano ouviu os empresários. A Campbell’s alertou que as tarifas sobre insumos como aço e alumínio devem reduzir sua margem de lucros. O CEO Mick Beekhuizen afirmou que a empresa não tem alternativa a não ser importar folha-de-flandres de qualidade alimentar para suas embalagens.
A medida de Trump garante ao Brasil a proteção automática das exportações de amêndoas de cacau, liquor, manteiga e pó. Porém, para que seja beneficiado integralmente, o Brasil precisa negociar um acordo de “parceiro alinhado”, que pode dar isenções adicionais. O problema é que o chefe do regime, Lula da Silva (PT) não pretende negociar.
Com informações do mercadodocacau e just-food.
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