Estatais têm maior rombo da história
As estatais federais registraram deficit de R$ 5,6 bilhões entre janeiro e agosto, informou o Banco Central nesta terça. Esse foi o pior resultado da série histórica para o período, iniciada em 2002. O saldo negativo é 65% maior que o apurado no mesmo intervalo de 2024, quando as estatais já haviam acumulado deficit de R$ 3,4 bilhões.
Neste período, o melhor resultado da história aconteceu em 2021 e 2022, no governo do presidente Jair Bolsonaro. que entregou as estatais com lucro de R$ 187,7 bilhões e R$ 274,9 bilhões. No primeiro ano do mandato de Lula da Silva (PT), elas ainda se beneficaram da gestão anterior e tiveram lucro de R$ 197,9 bilhões.
Em 2024, passado o efeito da gestão de Bolsonaro, as estatais despencaram para um prejuízo histórico de R$ 3,4 bilhões, que seria ultrapassado em 2025, somando R$ 5,6 bilhões e tendência a piorar no próximo ano. O BC utiliza como parâmetro a necessidade de financiamento das companhias, se ajudam a reduzir ou aumenta o saldo nacional.
O levantamento não inclui as estatais financeiras, como Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal e BNDES, nem a Petrobras. Segundo o relatório, ao considerar todas as estatais do país, incluindo estaduais, o deficit acumulado chega a R$ 8,3 bilhões. Só as estatais dos governos regionais responderam por R$ 2,3 bilhões do saldo negativo.
O Ministério da Gestão e Inovação, responsável por coordenar a administração das estatais, criticou a metodologia usada pelo BC. Para a equipe do governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT), os dados não refletem a saúde financeira das empresas, pois não incluem informações contábeis detalhadas, como receitas, custos, ativos, passivos e lucro líquido.
Apesar das críticas dos petistas, o indicador do BC é considerado relevante para avaliar o impacto fiscal. Quando uma estatal apresenta necessidade de financiamento, o Tesouro pode ter de cobrir a lacuna com mais dívida ou com recursos arrecadados via impostos. Além disso, Petrobrás e Correios já mostram dificuldade em pagar contas. Com Diário do Poder.
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