Ferrovia Fiol não é viável, diz Vale

Se depender da Vale, a Ferrovia de Integração Oeste - Leste não vai sair do papel a não ser que consiga outros tipos de pordutos para transportar. Esta é a visão de Marcelo Bacci, vice-presidente executivo de Finanças e Relações com Investidores da Vale. Ele descartou uma decisão imediata sobre a compra da Bahia Mineração S.A. (Bamin).

Bacci diz que o volume de minério de ferro extraído da mina da Bamin em Caitité não justifica o investimento necessário para terminar o trecho Fiol 1, que vai da cidade até Ilhéus, com 127 km de extensão, passando por Ilhéus, Uruçuca, Ubaitaba, Gongogi, Itagibá, Aurelino Leal e Aiquara. Só os lotes 2FA e 3F estão concluídos.

Para o diretor da Vale, é preciso somar receita com o transportes de outros produtos da região ou ter um parceiro externo para garantir a viabilidade. “Quando você olha a quantidade de minério disponível, só essa quantidade de minério não remunera a construção da infraestrutura que é necessária ali, em termos de evolução”.

Mesmo assim, a Vale busca uma solução, mas, sem ela, não deve dar seguimento à compra da Bamin, o que, por sua vez, pode acabar com o projeto do Porto Sul. Tendo como única função escoar o que será levado pela Fiol, o equipamento está com as obras paradas. Até aqui só foram feitos uma ponte e um ramal de acesso.

“A Vale é uma empresa de mineração. Não cabe a nós fazer o investimento na logística para buscar outros produtos e ainda não foi possível desenhar uma equação que faça essa conta fechar”, disse Bacci em entrevista coletiva. Ele reforçou a importância de encontrar um parceiro para o negócio.

“Acho que provavelmente com parceiros, sem dúvida, porque a gente precisa trazer outras cargas que viabilizem a parte de logística”, apontou. Existem produtos que podem ser agregados nesta região, principalmente se houver a conclusão do trecho entre Caitité e o Tocantins.

A concessão da Fiol 1 foi licitada em 2021, pelo governo de Jair Bolsonaro, com concessão de 35 anos. A Fiol tem 537,2 km. Pelo contrato, a Bamin se comprometeu a investir R$ 5,41 bilhões (Capex) e R$ 13,37 bilhões em custos operacionais, entregando a ferrovia operacional até 2026. Mas a obra parou em março. Com Agência Infra.

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sao pedro