Falta colírio para glaucoma em Ilhéus
O problema é recorrente e acontece de tempos em tempos desde o primeiro governo de Mário Alexandre: a falta de colírio para tratamento de glaucoma na rede pública de Ilhéus. Segundo alguns pacientes, a nova escassez começou em agosto do ano passado, mas pode ter iniciado antes.
Em março, a 1ª Vara da Fazenda Pública acatou os argumentos do Ministério Público e mandou a Prefeitura "garantir a continuidade do Programa de Tratamento do Glaucoma, viabilizado pelo Sistema Único de Saúde (SUS), sob pena de multa”. A juíza Monique Ribeiro de Carvalho destacou a omissão do município.
O atraso e até a falta em repassar verbas para o Hospital de Olhos de Ilhéus “tem causado reiteradas suspensões do tratamento oftalmológico de pacientes com glaucoma, colocando em risco sua saúde e qualidade de vida”. Por isso ela fixou uma multa de R$ 500 mil em caso de desobediência. Como agora.
Monique também alertou na decisão que “não cabe aos entes públicos alegarem questões de fundo orçamentário para se negarem a fornecer condições dignas de sobrevivência aos administrados, haja vista que o Estado deve dar prioridade às despesas que visem às necessidades básicas de seus cidadãos”.
Mesmo com a decisão e a ameaça de multa, as reclamações de falta do colírio continuam. Apesar disso, a secretária de Saúde, Sonilda Melo, disse ao programa O Tabuleiro que "chamamos os prestadores, alinhamos o pagamento e começou, tanto ao OftalmoSul quanto à Clínica de Olhos, a atender".
Ela disse que também credenciou mais uma clínica, a Nova Visão, para também atender os pacientes com glaucoma e que "daqui a pouquinho, estaremos zerando essa fila”. Como não se sabe que lado está falando a verdade, o MP instaurou um procedimento para acompanhar o cumprimento da sentença.
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