Êxodo recorde de oficiais preocupa FA
A grande quantidade de militares altamente capacitados que estão abandonando as Forças Armadas do Brasil já preocupa os comandos do Exército, Marinha e Aeronáutica. A Marinha enfrenta um esvaziamento sem precedentes. Em apenas sete meses, 642 militares pediram baixa, sendo 308 são da Armada e 334 dos Fuzileiros Navais.
No Exército, crescem os pedidos de baixa entre oficiais de carreira, de primeiro-tenente a major. De 4 de janeiro a 4 de março, três meses, 25 oficiais de carreira do Exército Brasileiro pediram para sair da corporação. Em apenas três semanas de julho, o Exército perdeu 12 oficiais, uma média de uma baixa a cada dois dias.
A baixa de oficiais da Força Aérea Brasileira acelerou e ameaça a operação de aeronaves. De janeiro a março de 2025, 45 oficiais de carreira já deixaram a instituição, uma tendência de evasão de oficiais que começou em 2024, com a perda de 32 aviadores que pediram desligamento. Agora, em apenas três meses, outros 22 oficiais aviadores saíram.
A jornalista Karina Michelin, que acompanha o setor, diz que "enquanto autoridades fingem normalidade, os quartéis estão perdendo seus combatentes. Jovens da Geração Z, que deveriam ser o sangue novo da defesa nacional, estão desistindo. O motivo é claro: desilusão com a estrutura, desprestígio da carreira e perda de sentido da missão".
"As Forças Armadas são a última linha de defesa de uma nação. Quando até os soldados viram as costas, é sinal de que algo muito mais profundo está podre. A evasão é o grito silencioso de quem não acredita mais na hierarquia, nos salários, nas condições de trabalho e, principalmente, nos rumos do país", continua.
"O que antes era sinônimo de estabilidade e honra, hoje virou um fardo. Quartéis sucateados, comida de baixa qualidade, alojamentos precários e missões sem propósito. Some-se a isso um cenário político em que militares são instrumentalizados ou demonizados - e o resultado é um desânimo corrosivo que mina a tropa por dentro", conclui.
A jornalista compara os números e lembra que as 642 baixas até julho são uma "estatística de guerra". Desde a posse de Lula da Silva (PT), após ser descondenado por "CEP errado" e não inocentado pela corrupção, o desprestígio e a vergonha de bater continência para um corrupto condenado que detesta a pátria e deixa isso claro, desanima a tropa.
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