Advogado baiano é acusado de fraude
Um áudio de WhatsApp, que viralizou nos meios jurídicos da Bahia, ao qual o Diário do Poder teve acesso, mostra o advogado Eugênio Kruschewsky (foto) agradecendo a um colunista por vazar dados distorcidos de processo em segredo de Justiça. Trata-se de acusação de uma mulher contra o ex-marido, empresário baiano.
Eugênio Kruschewsky e as advogadas Ana Patrícia Leão e Michelle Santos Allan de Oliveira estão no centro do maior escândalo da advocacia baiana na atualidade, a partir de denúncia à OAB da Bahia por fraude processual. Eles são acusados de apresentar três documentos falsos em um processo milionário, inclusive com adulteração de datas.
A denúncia, assinada pelo advogado Gamil Foppel, detalha o que define como “condutas gravíssimas que configuram fraude processual e violam os deveres da advocacia.” A acusação também foi levada ao presidente da OAB Nacional, Beto Simonetti. Se condenados, estão sujeitos inclusive a perder a carteira de advogados.
A denúncia diz que Kruschewsky e as advogadas "alegaram, falsamente, que a empresa Viva Ambiental e Serviços Ltda foi constituída durante o matrimônio de Fabiana com o Representante, sendo que a referida empresa foi constituída três anos antes, conforme documentos que instruiram a representação".
"Arguiram falsamente a prática de violência doméstica, na data de 7 de fevereiro de 2019, supostamente ocorrida nos Estados Unidos, novamente juntando fotos e documentos de lesões de Fabiana que são falsamente atribuídas ao Represenante". Porém, o suposto agressor não estava nos EUA, só ela estava.
A denúncia na OAB ainda acusa o escritório de Kruschewsky de induzir a Justiça a erro ao apontar falsamente que teria sido quebrado o sigilo fiscal e bancário do empresário baiano representado por Foppel, em um processo no Tribunal de Justiça de São Paulo. “Inovaram artificiosamente fato relacionado a processo judicial”, diz a denúncia.
Já o áudio de whatsapp em que Kruschewsky agradece o jornalista que tratou do vazamento de processo sob segredo de justiça, na avaliação dos seus denunciadores, infringe o artigo 154 do código penal, que prevê condenação de pena de prisão.
Em sua nota de assessoria, o advogado afirma que o áudio “nada mais é do que uma comunicação privada, em que apenas agradece pela forma cuidadosa com que a questão foi tratada, como deveria ocorrer em todas as abordagens sérias.” Ele nega ter sido notificado em qualquer processo. Com Diário do Poder
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