Morte de Charutinho pode ser 'queima'
Ele deixou a penitenciária de Mata Escura esperando aproveitar a liberdade, mas não chegou nem até sua casa. Kleber Herculano de Jesus, o “Compadre Charutinho”, foi morto a tiros na noite desta segunda, em Feira de Santana. Ele tinha saído da penitenciária, em Salvador, e acabara de entrar na cidade.
Um policial conta que seu carro foi interceptado por outro, de onde desceram cinco homens armados, que acertaram mais de 10 tiros no corpo e na cabeça de Charutinho. Chama a atenção que os assassinos sabiam onde e quando ele estaria. Ficaram esperando para fechar seu carro.
A suspeita é de queima de arquivo. Charutinho era um dos investigados da Operação El Patrón, do Ministério Público, e ligado ao deputado Kleber Escolano de Almeida, o “Binho Galinha” (foto). Ele é considerado o líder de um grupo de milicianos envolvido em agiotagem, lavagem de dinheiro, receptação e exploração de jogos de azar.
Apesar das denúncias e provas levantadas pelo MP, em junho o Superior Tribunal de Justiça (STJ) anulou a Operação por considerar que houve "falhas" na investigação, beneficiando Binho Galinha e todos os envolvidos, incluindo Compadre Charutinho, apontado como principal receptador e revendedor de peças de carros roubadas.
Muito esforço foi feito para produzir estas notícias. Faça uma doação para repor nossas energias. Qualquer valor é bem vindo. Pode ser via Bradesco, ag 0239, cc 62.947-2, em nome de A Região Editora Ltda, ou pelos botões abaixo para cartão e recorrentes.
