CNI critica postura de Lula com Trump
A quatro dias da vigência do tarifaço de 50% contra produtos brasileiros, prometido pelo presidente dos Estados Unidos (EUA), Donald Trump, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) cobra que o Brasil priorize seus reais interesses, pelo bem comum de todos e da verdadeira soberania, focada em benefícios para o povo.
A manifestação foi publicada nesta segunda-feira (28) por Ricardo Alban, presidente da entidade que representa o setor responsável por 24,7% do PIB e 21% dos empregos formais no Brasil. A CNI ressalta que é definitivamente, contrária a qualquer escalonamento das discussões do comércio bilateral entre o Brasil e os EUA.
Sem citar nomes, ela critica a contaminação política e ideológica do tema pelo chefe do regime, Lula da Silva (PT), que não negociou efetivamente contra a taxação anunciada ainda em 9 de junho, para vigorar na próxima sexta-feira, 1º de agosto, lembra o presidente Ricardo Alban.
“Queremos acreditar que tal situação não se deva única e exclusivamente a uma escalada de posições políticas e geopolíticas. É imperativo refletir sobre possíveis equívocos de natureza política/ideológica que tenham agravado a presente situação. O Brasil precisa priorizar seus reais interesses, em nome do bem comum de todos”, cobra Alban.
O presidente da CNI critica abertamente o risco de o Brasil perder a razão e a postura diplomática, diante da crise que ameaça a economia brasileira e a rendas dos trabalhadores. “Devemos buscar não perder a razão e manter a nítida e clara postura de enfrentar os desafios de forma retilínea e com altivez de quem quer o melhor".
A nota ainda destaca que integrantes do setor industrial do Brasil estão à disposição para alinhamentos necessários, inclusive para cobrar o trâmite formal da investigação da Seção 301 aberta pelos EUA, que busca justificativas para ampliar a taxação de um “piso” tarifário de 10% para um “teto” de 50%, considerado inexequível pela CNI.
A CNI reiterou que o tarifaço anunciado é “expressivo e injustificável”, ao informar que já realizou diversas tratativas, requerendo a revogação e até mesmo a prorrogação de sua implantação por 90 dias. Mas cobra objetividade contra “recentes equívocos”, em referência ao acirramento das falas políticas de Lula contra Trump.
Ela cita que outros países estão negociando e buscando bons termos, independentemente de posições ideológicas e geopolíticas, caso da China, Índia e Russia, todos do Brics. A Europa e a Argentina também fecharam bons acordos.
“Devemos ser pragmáticos nas discussões meramente técnicas como temos visto por parte de outros países em desenvolvimento. Devemos manter uma das maiores conquistas do Brasil, de ser uma nação com boa relação internacional com todos”, resume o presidente da CNI. Com Diário do Poder.
Muito esforço foi feito para produzir estas notícias. Faça uma doação para repor nossas energias. Qualquer valor é bem vindo. Pode ser via Bradesco, ag 0239, cc 62.947-2, em nome de A Região Editora Ltda, ou pelos botões abaixo para cartão e recorrentes.
