BA cancela edital de venda de colégio
Quando o Governo do Estado anunciou o fechamento do Colégio Odorico Tavares, em Salvador, houve relamação de pais e alunos, inclusive protestos. Tradicional e renomado, o colégio foi inaugurado pelo então governador ACM em 1994, com capacidade para até 3.600 alunos.
A alegação do governo de Rui Costa (PT) foi de que a procura por matrículas na escola era muito pequena e o dinheiro da venda possibilitaria construir novos colégios na periferia. Ninguém acreditou. Instalada num dos locais mais nobres da capital, o Corredor da Vitória, sua área de 5 mil m² vale ouro e é cobiçada pelas construtoras.
Professores, pais e alunos desconfiam que o governo forçou uma baixa procura sabotando o sistema online para vender o imóvel para incorporadoras que, provavelmente, derubarão o colégio para contruir um condomínio. O tempo passou, as escolas não foram construídas e o prédio permaneceu fechado.
Nesta terça, poucas horas depois de publicar o edital de venda, o Estado anulou a publicação em uma edição extra do Diário Oficial. Segundo informou a Secretaria de Administração do Estado da Bahia (Saeb) em nota, o edital foi suspenso "até que ajustes técnicos sejam realizados", sem explicar quais seriam.
O aviso anulado definia o período de visitação do dia 31 de julho a 3 de agosto, com o leilão acontecendo na próxima segunda-feira, 4. O colégio funcionou por 25 anos e chegou a ter filas na busca por uma vaga. Porém, segundo alega o Estado, em 2019 tinha apenas 308 alunos.
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