Ação protesta contra Ufba sucateada
A Universidade Federal da Bahia (UFBA) está sendo ocupada desde o dia 5 por estudantes que protestam contra o sucateamento da instituição, que ocorre após cortes orçamentários feitos pelo governo Lula (PT) com o "novo arcabouço fiscal", apontado como uma peça de ficção pelos economistas.
O movimento, chamado ‘Ocupa UFBA’, ocorre no Campus São Lázaro e tem a oposição do Diretório Central de Estudantes (DCE), dominado pela esquerda, que ignora a situação em que as faculdades públicas se encontram e ainda atacam a manifestação pacífica feita pela ala independente dos estudantes.
No Instagram, o Ocupa Ufba explica que a universidade está sendo sucateada pelo governo. "Sofremos com obras inacabadas, falta de água, luz, estrutura e um ensino cada vez mais comprometido. Nossa luta é por dignidade, recomposição orçamentária e condições reais para estudar! Não aceitaremos calados o abandono que vivemos".
Ele destaca que o Restaurante Universitário sofre com "redução de proteínas e fichas insuficientes," e lembra das bolsas atrasadas, salas sem ar-condicionado e acústica precária. Tainara Ferreira explica a situação crítica da universidade e como isso prejudica diretamente às classes menos favorecidas.
"Elas se esforçam para entrar no ensino superior público e acabam se tornando ‘reféns’ do abandono sem ter grande apoio para mudar isso", diz Tainara, formada na Ufba e aluna de outra graduação. Criada no bairro do Arenoso, na periferia de Salvador, ela sabe a dificuldade de acessar o ensino superior.
Tainara critica o movimento de caça contra os que lutam para que o caso se reverta. “Tenho propriedade em falar, pois sei perfeitamente como é difícil para nós, que vem das comunidades, de conseguirem ingressar. É um descaso em meio ao ataque feito pelo DCE, agora defensores do sucateamento que está aí, para todo mundo ver".
"Me solidarizo com os alunos que lutam e estão sofrendo sendo deslegitimados”, pontua. A ocupação deve ser encerrada nesta quinta-feira (12), "mas a expectativa é promover outras manifestações com o objetivo de manter a mobilização ativa e, posteriormente, cobrar respostas", reitera.
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