Vinícius aciona Câmara contra Tandick
As brigas na Cãmara de Ilhéus vão finalmente ativar a Comissão de Ética da casa, que já existia mas não tinha sido instalada. O motivo é a discussão agressiva da última sessão, com ataques virulentos do vereador Tandick Resende ao colega Vinícius Alcântara. Ele protocolou, formalmente, a denúncia contra Resende.
Vinicius relata uma sucessão de ataques, agressões e comportamentos incompatíveis com o decoro parlamentar e com o exercício do mandato. A denúncia, encaminhada ao Presidente da Câmara, pede o envio à Comissão de Ética e Decoro Parlamentar, após votação da admissibilidade da denúncia pelo plenário.
O ofício cita "um padrão reiterado de violência verbal, física e institucional, que ameaça o funcionamento da Casa Legislativa e a integridade dos seus membros". Um dos fatos aconteceu na sessão do dia 29 de abril, quando Tandick, visivelmente alterado, agarrou Vinícius pelo ombro e disse “vou acabar com você”, provocando tumulto.
A denúncia reúne também fala de episódios como a agressão física e moral contra a vereadora Enilda Mendonça, ofensa ao vereador Paulo Carqueija, chamado de “senil”; ataque e exposição de informações sigilosas contra Maurício Galvão, mencionando dívida alimentar em processo judicial sob sigilo;
Mais a cuspida no rosto do jornalista Maurício Maron dentro da Câmara de Vereadores, as zombarias públicas sobre a saúde mental do denunciante, inclusive durante o período de luto pela perda de um irmão; acusações caluniosas contra o juiz Alex Venicius, imputação de “venda de sentenças” por desembargador, sem qualquer prova.
Ainda a divulgação do endereço de Vinícius, com acusações falsas sobre foco de dengue, colocando em risco sua família; ofensas misóginas contra mulheres do próprio partido, manipulação de documentos, com alterações em justificativas de ausência e deboches enquanto exercia a função de secretário da Mesa Diretora.
A denúncia lembra ainda conflitos com vereadores da legislatura passada, incluindo episódios de agressão física com troca de socos, como aconteceu com Jerbson Moraes. A peça ainda aponta que Tandick é investigado pelo Ministério Público por assédio moral contra servidores, prática de “rachadinha” e uso particular de assessores.
“Essa escalada de violência não pode ser tratada com normalidade. A Câmara precisa reagir com firmeza. Ou enfrentamos isso agora, ou nos tornamos cúmplices de um processo que mancha o Parlamento e ameaça seus próprios membros,” afirma Vinícius Alcântara.
A denúncia requer o afastamento imediato de Tandick Resende da Mesa Diretora, além da instauração de processo disciplinar que pode culminar na cassação do mandato, conforme previsto no Código de Ética da Câmara Municipal de Ilhéus.
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