SP valoriza esporte paralímpico escolar

O Governo do Estado de SP vai investir R$ 49,3 milhões nos próximos 48 meses em uma iniciativa inédita para inclusão esportiva de alunos com deficiência matriculados na rede estadual. Foi feita uma parceria firmada entre a Secretaria da Educação de São Paulo (Seduc-SP) e o Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB).

Através dela, 75 unidades que integram o programa “Escolas Mais Inclusivas” terão atividades esportivas regulares destinadas aos estudantes com deficiência, formação de professores e até a descoberta de futuros atletas de alto rendimento.

Um termo de fomento, assinado pelo secretário de Educação, Renato Feder, e pelo presidente do CPB, José Antônio Ferreira Freire, e publicado na edição desta quinta-feira (15) do Diário Oficial do Estado, estabelece a criação de núcleos regulares de esporte paralímpico voltados a crianças e adolescentes com deficiência.

A previsão é que o projeto seja implantado em 10 escolas ainda no primeiro semestre de 2025 e, em outras 65 unidades, no segundo semestre deste ano. A lista inclui unidades de todas as regiões do estado.

“Estamos dando um passo histórico para garantir o direito dos estudantes com deficiência à prática esportiva qualificada, dentro do ambiente escolar. Essa medida visa, ainda, evitar a evasão escolar e promover o bem-estar físico e emocional desses estudantes”, afirma o secretário da Educação, Renato Feder.

A previsão é que as atividades paralímpicas sejam realizadas quatro vezes por semana, respeitando as limitações e potencialidades de cada aluno. A proposta visa não apenas ampliar o acesso como ferramenta pedagógica e de inclusão, mas descobrir e encaminhar talentos aos centros de referência paralímpicos, coordenados pelo CPB.

O secretário Renato Feder conta que “a meta é atingir 100% dos alunos com deficiência interessados nas aulas e que estejam matriculados nas 75 escolas participantes e, ainda, realizar uma busca ativa a fim de trazer para as aulas estudantes com deficiência matriculados em escolas próximas. O objetivo é encaminhar até 50% para o CPB".

As escolas selecionadas receberão equipamentos adaptados como bolas de golbol, mesas de tênis de mesa, redes de vôlei sentado, quimonos, raquetes e materiais para atletismo adaptado. A lista completa inclui mais de 30 tipos de equipamentos esportivos especializados.

Nessas 75 escolas, cerca de 150 professores de educação física devem se envolver nas atividades e eles deverão, obrigatoriamente, participar das formações oferecidas pelo CPB. O CPB deve contratar, ainda, 150 estagiários de educação física para atuar nas 75 unidades, outros 28 supervisores devem acompanhar as formações.

Além da formação dos professores que atuam diretamente nas 75 “Escolas Mais Inclusivas”, a Secretaria da Educação prevê formar ao menos 20% dos professores de educação física de toda a rede nas práticas de esportes paralímpicos.

A Secretaria da Educação do Estado de São Paulo (Seduc-SP) implantou neste início de ano letivo o projeto piloto do programa Escolas Mais Inclusivas nas mesmas 75 unidades de ensino. O número cresceu e, atualmente, já são 108 unidades no programa.

Para implantação do projeto piloto do programa Escolas Mais Inclusivas, a Seduc-SP selecionou, em localidades estratégicas, unidades de ensino que serão centros de referência em boas práticas de educação inclusiva. O objetivo é promover discussões entre as equipes especializadas, promover diretrizes e tornar as mudanças mais claras para aplicação em toda a rede.

7:08 PM  |  


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sao pedro