SP tem turismo de muita degustação
Segundo a Organização Mundial do Turismo, a gastronomia é o 3º principal impulsionador de viagens no mundo. Diante disso, a Secretaria de Turismo e Viagens de São Paulo (Setur-SP) apresentou na quinta-feira (8), Dia Nacional do Turismo, destinos paulistas que apostaram em produtos artesanais e experiências gastronômicas.
“Estamos falando de cafés, vinhos e queijos, iguarias apreciadas no mundo inteiro. Porém, esses produtos estão interligados com a história de São Paulo: desde a construção do estado com a economia cafeeira até o novo momento de São Paulo, com a produção de queijos premiados, vinhos refinados e cafés especiais, que o destacam como destino gastronômico mundial”, diz Roberto de Lucena, titular da pasta de Turismo e Viagens.
Começando pelo queijo, os turistas podem visitar Itapetininga e conhecer locais como o Queijo com Arte Fazenda Santa Luzia (www.queijocomarte.com.br). O empreendimento é pioneiro na produção de queijos artesanais em São Paulo e já conquistou medalhas de ouro em concursos nacionais e internacionais.
Além disso, quem visitar também pode fazer um passeio ecológico guiado, percorrendo uma trilha em meio à natureza, ou fazer um piquenique na Fazenda Santa Luzia, com itens da loja escolhidos pelos visitantes. Para o piquenique, a Fazenda fornece a cesta e os turistas escolhem o lugar para estender a toalha e degustar as delícias.
Já em Pardinho, os viajantes podem conhecer seis tipos diferentes de queijos, inclusive premiados, como o Cuesta e o Mandala, na Pardinho Artesanal. Quem quiser conhecer e adquirir os laticínios, pode ir até a loja de fábrica, que fica na porteira da fazenda. O local também oferece visitações em datas programadas.
Esses e outros estabelecimentos fazem parte da Rota do Queijo Artesanal Paulista (https://www.turismo.sp.gov.br/guia-do-queijo), publicação que reúne as melhores experiências para os fãs deste produto que passou de ingrediente para prato principal.
Para acompanhar o queijo, recomenda-se um bom vinho, e o estado de São Paulo também conta com opções para todos os paladares. Se o turista prefere vinhos mais encorpados e com menor teor de álcool, a dica é conhecer as vinícolas da Mantiqueira Paulista, que fazem parte das Rotas do Vinho de São Paulo.
Alguns exemplos são a Villa Santa Maria, em São Bento do Sapucaí; a vinícola Ferreira, em Campos do Jordão, e a Boutique Espaço Essenza, em Santo Antônio do Pinhal.
Já na Rota Alta Mogiana, o visitante pode conhecer a Vinícola Biagi, em Cravinhos, que se beneficia da grande amplitude térmica para produzir variedades italianas como Sangiovese, Moscato Giallo e Nebbiolo, além de oferecer passeios e degustações harmonizadas.
Na Rota Circuito das Frutas, há uma diversidade de microclimas, o que permite a produção de vinhos dos mais frescos e frutados, aos mais encorpados. Lá, os viajantes podem conhecer, por exemplo, a Vinícola Micheletto, em Louveira e acompanhar toda a produção do vinho, da colheita das uvas até o engarrafamento da bebida.
A lista completa com as 66 vinícolas paulistas que oferecem experiências de enoturismo, como degustação de vinhos, visita a vinícolas e harmonização, pode ser consultada em https://rotasdovinho.sp.gov.br
Para os fãs do café, não faltam opções. Recentemente foi lançado o guia Rotas do Café de São Paulo, que reúne 57 atrativos turísticos relacionados ao café paulista, de mais de 25 municípios. Na Rota Mantiqueira Vulcânica, por exemplo, o visitante pode degustar o famoso Café Bazilli, selecionado pelo Vaticano para servir os papas Bento XVI e Francisco em visita ao Brasil. A experiência acontece em Caconde, no Sítio Boa Vista do Engano.
No Circuito Das Águas Paulista, o Sítio Cafezal em Flor, em Monte Alegre do Sul, oferece hospedagem no meio do cafezal, além de visita guiada pela lavoura, colheita, beneficiamento, torrefação e degustação.
Por sua vez, na Rota Cuesta, Itaqueri e Tietê, há locais emblemáticos como o Mokoi Café, em Dois Córregos, que oferece uma degustação profissional da bebida. Lá, o visitante é convidado a perceber atributos de aroma, doçura e acidez do café sem sair do perímetro urbano.
O mesmo grão que levou a economia de São Paulo a se tornar a maior do país hoje se coloca como grande aposta do turismo gastronômico do estado. O programa Rotas do Café do Governo de São Paulo traz experiências turísticas ligadas à produção do grão, como fazendas de antigos barões do café, museus históricos, cafeterias premiadas internacionalmente e centros de pesquisa abertos à visitação.
Todos esses atributos reforçam a posição de São Paulo como destino gastronômico de múltiplos produtos. De acordo com a Allied Market Research, o mercado mundial de turismo gastronômico foi avaliado em cerca de US$ 1,08 trilhão em 2022 e deve alcançar a cifra de US$ 1,94 trilhão até 2031.
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