Deputado pede impeachment de Jeronimo

O deputado estadual Leandro de Jesus entrou com pedido de impeachment do governador Jeronimo Rodrigues (PT) depois que seu discurso de ódio contra quem votou no prsidente Jair Bolsonaro revoltou os 58 milhões de eleitores que não quiseram votar num ex-presidente condenado por corrupção.

Na sexta-feira, durante um evento no distrito de Soares, em América Dourada, Jeronimo criticava Bolsonaro e falou "bota uma ‘enchedeira’. Sabe o que é uma ‘enchedeira’? Uma retroescavadeira, bota e leva tudo pra vala”, afirmou. A expressão "jogar na vala" é típica de facções criminosas e lembra as valas comuns do holocausto.

Para Leandro, a fala do governador petista é criminosa, por isso ele também enviou ao MP "Notícia de Fato sobre crimes praticados pelo governador neste episódio absurdo". Diante da imensa repercussão negativa, Jeronimo alegou que sua fala foi mostrada "fora do contexto", mas um vídeo do evento não deixa qualquer dúvida.

Jeronimo afirmou exatamente isso, propositadamente, de forma clara. Ele pregou o assassinato de Bolsonaro e seus 58 milhões de eleitores, incluindo 2,3 milhões de baianos. Além de Leandro, o deputado federal Otoni de Paula (MDB-RJ) acionou a Procuradoria-Geral da República contra o governador da Bahia.

"A permanência da gravação na internet e sua contínua reprodução por diversos canais evidencia a gravidade e o alcance da declaração, que ultrapassa os limites da liberdade de expressão e ingressa no campo penal da incitação pública à prática de crime," afirmou na rede X.

O deputado estadual Diego Castro (PL) protocolou uma representação no Supremo Tribunal Federal, ressaltando que o petista "extrapolou os limites do discurso político e utilizou o cargo institucional para atacar adversários".

O presidente Jair Bolsonaro criticou no X. “Esse tipo de discurso, vindo de uma autoridade de Estado, não apenas normaliza o ódio como incentiva o pior: a violência política, o assassinato moral e até físico de quem pensa diferente. É a institucionalização da barbárie com o verniz de ‘liberdade de expressão progressista'”, escreveu.

João Roma (PL), principal representante do partido de Bolsonaro na Bahia, afirmou que a declaração violenta de Rodrigues é um atentado e um desrespeito. "Ele deveria respeitar as pessoas e tratar de governar o estado da Bahia, coisa que ele não tem feito", cutucou.

Nikolas Ferreira, deputado federal mais votado do país, disse que "ainda tem quem acredita que estamos lidando com apenas políticos com pensamentos contrários - não. São movidos por uma ideologia genocida". O colega Carlos Jordy completou: "Se realmente pudessem fazer contra nós tudo que têm vontade, nos matariam".

O ex-procurador Sebastião Coelho afirmou que “esse cidadão, em uma fala criminosa, propõe a morte de mais de 58 milhões de brasileiros”. Ele cobra providência da Procuradoria Geral da República e do STF. "É uma proposta de genocídio. Ele deve ser afastado e preso. Pra cada crime que ele propõe, o homidício, pega de 12 a 30 anos".

Coelho lembrou que a fala de Jeropnimo é uma ameaça individual a cada eleitor de Bolsonaro. Já o deputado federal Gustavo Gayer ironizou o ataque de Jeronimo Rodrigues (PT) sobre jogar os bolsonaristas numa vala. "Deve ser uma vala democrática para acabar com o ódio e manter o estado de direito"...

O também deputado federal André Fernandes lembrou que "a Bahia é governada pelo PT há quase duas décadas e nos últimos anos foi o pior ou esteve entre os piores estados em vários índices. Ainda assim a preocupação de Jerônimo Rodrigues é levar seus opositores pra vala. O desespero tem motivo, o nordeste está acordando."

O deputado estadual do PT Rosemberg Pinto tentou defender o governador, por sinal foi o único, mas sua fala foi desconexa. “Quem ensinou quando presidente e estimulou uma criança a atirar foi ele [Bolsonaro]. Na época das enchentes aqui na Bahia, ele enquanto presidente estava passeando de motocicleta”, disse. Ninguém entendeu.

6:52 PM  |  


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sao pedro