Brasil perde o espírita Divaldo Franco
O Brasil perdeu um de seus maiores espíritas, Divaldo Franco, aos 98 anos, depois de lutar por muitos meses contra um câncer de bexiga. Divaldo criou um centro espírita e a Mansão do Caminho, no bairro Pau da Lima, em Salvador, com mais de 50 prédios, incluindo creche, escola, panificadora e um centro médico, tudo gratuito.
Divaldo contava que “começamos com uma escola à sombra de uma mangueira. Arrumamos caixotes de cebola para fazer carteira e no quintal nós dávamos aula”. O enorme espaço é mantido com doações e venda de livros espíritas. Divaldo psicografou muitos deles, de espíritos como Joanna de Ângelis e Bezerra de Menezes.
Seus livros foram traduzidos para 17 idiomas, de inglês a húngaro, e Divaldo deu palestras em dezenas de países. Foi um longo caminho a partir de Feira de Santana, onde nasceu em 1927. A mediunidade começou ainda na infância, aos 4 anos, com visões que incomodavam até a família, como quando passou o recado de sua trisavó.
Uma vez, já adulto e trabalhando numa corretora de seguros, Divaldo informou ao chefe que um cliente pediu para alterar o beneficiário em sua apólice. O problema é que o cliente já estava morto há algum tempo e o pedido veio numa visão. O médium deu o nome completo e até o número da apólice. Mandaram ele a um psiquiatra.
Divaldo conta que "fui avisado por um espírito amigo que ele aplicaria o eletrochoque. Fugi”. Autoridades e líderes espíritas lamentaram a perda, entre eles o ex-prefeito de Salvador ACM Neto. “Carismático e atencioso com todos, Divaldo Franco sempre foi um defensor intransigente da paz, do respeito, da tolerância e da convivência harmoniosa".
O ex-prefeito destacou a importância da obra social criada por Divaldo na capital baiana. “Para quem não conheceu, vale a pena visitar a Mansão do Caminho, em Salvador, obra grandiosa que ele ajudou a construir, onde acolheu milhares de crianças e jovens em situação de vulnerabilidade, oferecendo dignidade, educação e esperança.”
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