Bahia é o estado mais perigoso do país
O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada e o Fórum Brasileiro de Segurança Pública divulgaram, nesta segunda-feira, o Atlas da Violência 2025, que reúne dados de 2023. Pelo décimo ano consecutivo, a Bahia lidera o ranking nacional de homicídios em números absolutos, com 6.616 mortes registradas em 2023.
É o estado com a pior segurança desde o segundo governo de Jaques Wagner (PT), com pioras nos dois de Rui Costa (PT) e no de Jerônimo Rodrigues (PT). Para se ter ideia do tamanho da tragédia baiana, a soma de homicídios em São Paulo e Minas Gerais foi de 5.838 em 2023.
Juntos, os dois estados mais populosos do Brasil têm cerca de 64 milhões de moradores. Com aproximadamente 15 milhões de habitantes, a Bahia tem a quarta maior população do País e a segunda maior taxa de homicídios a cada 100 mil pessoas, 43,9, além da liderança com folga no número de assassinatos.
É cinco vezes mais provável voce ser baleado e morto na Bahia do que numa favela do Rio de Janeiro. O estado, governado há 18 anos pelo PT, só fica atrás do Amapá em taxa, 57,4 mortes a cada 100 mil habitantes. Mas em número de assassinatos, é imbatével. Além disso, lidera em número de facções, 21, e em assassinatos de jovens, 3.900 só em 2024.
No relatório, os pesquisadores registram a redução de 2,7% no número de homicídios na Bahia na comparação com 2022, porém foram apenas 110 a menos e continua sendo o dobro do segundo colocado. Após a divulgação dos números, o líder da UP na Bahia, ACM Neto, voltou a responsabilizar o governador pelo fracasso da segurança pública na Bahia.
Para ele, o estado vive a “pior crise de segurança da sua história” desde que o PT assumiu, em 2007. Enquanto a Bahia vive clima de guerra e insegurança, o governador está bem longe do estado, agregado à imensa comitiva levada pelo mandatário Lula da Silva (PT) à China, onde se reuniu com ditadores africanos e o presidente Putin.
Em vídeo publicado nesta segunda-feira (12) nas redes sociais, após a divulgação do Atlas da Violência 2025, Neto questionou a ausência do governador em um momento crítico. “Cadê o governador Jerônimo Rodrigues? Onde está o governador enquanto a Bahia vive e enfrenta a pior crise na área de segurança pública em toda a sua história?”
Para o ex-prefeito de Salvador, “infelizmente, os números hoje divulgados pelo Atlas da Violência só confirmam o que a gente vem denunciando: a derrota que o governador infelizmente vem sofrendo para as facções criminosas, para o crime organizado que toma conta e domina o território do nosso estado”.
Segundo Neto, a solução “não está em mudar comandante-geral da polícia, não está em mudar secretário de segurança pública. Está em mudar a postura do governador, que precisa encarar os fatos, compreender a realidade e colocar a política de segurança pública em primeiro lugar.”
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