Agro Summit aborda tecnologia e IA
O Instituto Agronômico (IAC), de Campinas, estará no Agro Summit 2025, dia 3 de junho, na Expo D. Pedro, em Campinas. O time de pesquisadores de engenharia e automação, segurança do trabalho, geoprocessamento e irrigação vai apresentar as tecnologias do IAC nessas áreas. O Agro Summit 2025 é voltado a softwares.
O Centro de Engenharia e Automação do IAC, com sede em Jundiaí, irá apresentar pesquisas com uso de drones em pulverização, equipamentos de proteção individual (EPI) para aplicadores de agrotóxicos, treinamentos para estes profissionais com recursos da Inteligência Artificial (IA) com o objetivo de aprimorar essa qualificação.
Esse recurso estará disponível nos próximos módulos de treinamentos da Unidade de Referência em Produtos Químicos e Biológicos, que passará a atender também empregadores do agronegócio, além de aplicadores de produtos.
“Nosso modelo de IA está sendo treinado para atender a demandas de diferentes públicos frequentadores dos treinamentos, do agrônomo-instrutor até o trabalhador rural, com linguagem direcionada a cada um deles. A ideia é oferecer ao aluno um rendimento mais interativo”, destaca Hamilton Humberto Ramos, pesquisador do IAC.
Cerca de 130 instrutores já passaram pelo treinamento e estão aptos a capacitar trabalhadores rurais para a aplicação de agrotóxicos, como multiplicadores da informação. “No formato EAD, presencial ou semipresencial, a IA ancora programas didáticos específicos, acessíveis a todos os participantes”, comenta Ramos.
De acordo com Ramos, a Unidade de Referência que reúne esses treinamentos e cursos detém qualificação para promover capacitação profissional nessa área, com base nas exigências do Decreto nº 10.833/2021 (Programa Aplicador Legal), do Governo Federal.
“Esses formatos também estão plenamente sincronizados com a N.R. 31.7 (prevenção de acidentes com defensivos agrícolas)”, completa. Resultante de parceria entre o CEA-IAC e o setor privado, a iniciativa visa reduzir o déficit de capacitação no setor, onde somente 30% a 40% de aplicadores de agrotóxicos dominam segurança e eficiência.
Ramos também participa no Projeto Drone SP do IAC/CEA/SAA em parceria com a Fundação Coopercitrus Credicitrus. O projeto busca desenvolver parâmetros técnicos de pulverização para o uso de drones na agricultura e tem duração de cinco anos, podendo ser prorrogado.
“Neste trabalho, os resultados serão de uso geral e as empresas podem utilizar os dados no desenvolvimento de protocolos específicos para seus produtos”, diz. O Programa Drones SP foca no uso eficaz do equipamento nas pequenas e médias propriedades por meio da tecnologia de aplicação de defensivos agrícolas por drones.
Durante o evento serão apresentadas também tecnologias em irrigação de precisão que utilizam sensores proximais para monitoramento em tempo real das condições hídricas do solo e das plantas em função das condições climáticas locais. Dessa forma, é possível obter o índice de estresse hídrico das culturas em cada estádio fenológico.
A irrigação de precisão promove uma irrigação mais inteligente quando utilizamos imagens termográficas para mapear áreas irrigadas e demonstrar áreas com maior ou menor estresse hídrico. “Tudo isso é possível graças ao monitoramento em tempo real da irrigação e uso de ferramentas de sensoriamento remoto".
"Essas tecnologias têm como principal objetivo promover o planejamento, o uso eficiente da água em áreas irrigadas e auxiliar o produtor na tomada de decisão”, diz a pesquisadora do IAC, Jane Maria de Carvalho Silveira.
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