Santos enfrenta falta crônica de espaços
A falta de espaço para novos prédios em Santos/SP é um tema que gera bastante discussão. Ela é uma cidade litorânea com histórico de urbanização intensa, o que limita as áreas disponíveis para novos empreendimentos. Além disso, sua geografia, com morros e áreas de proteção ambiental, também restringe a expansão urbana.
A corretora de imóveis Gilvânia Arcanjo listou alguns fatores que contribuem para essa situação. "Santos tem uma longa história de ocupação urbana, e muitas das áreas já estão desenvolvidas, tornando difícil encontrar terrenos livres", explica.
Ela aponta que a legislação municipal e as normas de zoneamento podem limitar onde e como novos prédios podem ser construídos. Isso inclui restrições em áreas próximas à praia e zonas de preservação ambiental.
Por outro lado, a cidade atrai muitos moradores e turistas, aumentando a demanda por habitação e serviços, o que, por sua vez, pressiona o mercado imobiliário. A infraestrutura existente pode não suportar um aumento na densidade populacional sem investimentos substanciais em transporte, saneamento e outros serviços.
Esses fatores tornam o planejamento urbano um desafio constante para as autoridades locais. Para enfrentar a falta de espaço para novas habitações em Santos, diversas soluções podem ser consideradas. Profissionais ouvidos por nossa reportagem indicaram algumas.
As soluções para Santos
Para eles, é preciso investir na revitalização de áreas já urbanizadas, como a recuperação de prédios antigos e o aproveitamento de terrenos subutilizados. Isso pode incluir a conversão de imóveis comerciais em residenciais.
A construção de prédios mais altos em áreas onde isso é permitido, aumentando a densidade habitacional sem expandir a área urbana é outra opção, assim como revisar as leis de zoneamento para permitir mais flexibilidade na construção, especialmente em áreas com restrições severas ou exclusivas para comércio e serviços.
Também foi citado a implementação de projetos que priorizem o uso sustentável do solo, com áreas verdes integradas e infraestrutura adequada. Isso pode incluir o uso de tecnologias verdes e práticas de construção sustentáveis.
O uso de Parcerias Público-Privadas (PPPs) poderia também estabelecer parcerias com o setor privado para desenvolver projetos habitacionais que atendam à demanda por moradia, especialmente para faixas de renda mais baixa.
Uma necessidade é melhorar o transporte público para facilitar o acesso a áreas periféricas ou adjacentes à cidade, tornando essas regiões mais atrativas para novos empreendimentos residenciais. Ainda identificar e utilizar terrenos ociosos ou abandonados, que muitas vezes estão disponíveis dentro da cidade.
A Prefeitura também poderia oferecer incentivos fiscais para construtoras que se comprometam a desenvolver projetos habitacionais em áreas estratégicas.
Essas soluções exigem um planejamento cuidadoso e a colaboração entre governo, empresas e comunidade para garantir que o crescimento urbano seja sustentável e atenda às necessidades dos moradores. De Gina Arcanjo, correspondente de A Região em Santos.
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