Luz pode subir 9% por ato do Congresso

A conta de luz do brasileiro pode ficar mais cara pelos próximos 25 anos, com valores comparados à tarifa de bandeira vermelha patamar 2, praticado em período de estiagem máxima. Isso pode acontecer caso senadores e deputados derrubem o veto presidencial às emendas da Lei 15.097/25, a Lei das Eólicas Offshore.

O alerta é da Frente Nacional dos Consumidores de Energia (FNCE), que estima um custo anual de R$ 20 bilhões nas contas até 2050, gerado pelas emendas. Esse custo equivale a R$ 7,63 para cada 100kwh consumidos, quase o mesmo valor da tarifa da bandeira vermelha 2, que é R$ 7,87/100Kwh.

O impacto da derrubada dos vetos traria um aumento de cerca de 9% na conta de luz que recebemos em casa. Para o cidadão, o custo é cobrado duas vezes já que, além da conta, todos os produtos e serviços têm seus preços impactados pelo aumento da energia, como pão, carne e leite.

Para o presidente da FNCE, Luiz Eduardo Barata, o alto custo significa uma tarifa mais alta de energia nas próximas duas décadas. “Chegamos à conclusão que isso significa 25 anos de um custo adicional equivalente à bandeira vermelha 2. corresponde ao impacto de uma bandeira vermelha 2 por 25 anos.”

Para Mónica Banegas, especialista em Justiça Energética do Instituto Pólis, este aumento vai impactar, sobretudo, quem ganha menos. “As famílias de baixa renda acabam sendo afetadas de uma forma ainda mais negativa. Se a conta de luz já é pesada para as famílias, de forma geral, para as de baixa renda essa conta é ainda mais pesada".

Para a especialista, as famílias já estão tendo, hoje, dificuldade de arcar com despesas básicas e qualquer tipo de aumento na energia vai impactar de forma negativa. “Estamos discutindo o aumento num momento em que deveríamos estar debatendo uma solução que reduzisse a conta de luz efetivamente".

As emendas incluídas na Lei das Eólicas Offshore tratam de temas sem relação com a proposta original, cujo objetivo é regular a produção de energia eólica em alto mar. Essas emendas determinam o pagamento de subsídios e a contratação obrigatória de uma série de usinas, inclusive de gás natural e carvão.

Esses custos previstos nas emendas vetadas, além de encarecer a conta de luz, ainda vão de encontro à agenda climática e podem trazer prejuízos significativos aos consumidores brasileiros. A FNCE trabalha no Congresso Nacional para manter a lei como está, com a manutenção dos vetos às emendas. Com Brasil 61

6:24 PM  |  


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sao pedro