Europa busca explicação para o apagão
Durante o maior apagão da história de Portugal e Espanha, as pessoas só conseguiram saber o que estava acontecendo graças ao único meio que continuou disponível mesmo sem energioa elétrica nas casas: o rádio, no carro e a pilha. Tevẽs, celular, redes sociais, internet, tudo sucumbiu ao apagão.
Nesta terça, depois de um dia e uma madrugada sem energia, com pessoas presas em elevadores, trens e metrô; sem poder comprar nada por falta de dinheiro físico ou mesmo usar um banheiro público automático, a população agora espera por uma explicação por parte das autoridades de seus países e da Europa.
Espanha e Portugal já retomaram a energia elétrica na maior parte das cidades, mas existem serviços prejudicados que ainda funcionam precariamente, como os aeroportos, estações de trem e metrô. As pessoas tiveram muita dificuldade de ir ao trabalho nesta terça. Em Madrid, a prefeitura colocou ônibus gratuitos.
As causas continuam desconhecidas. Algumas autoridades chegaram a falar em uma explosão solar que teria afetado a rede elétrica. Outros consideram que tenha sido um ataque hacker. Até uma teoria de conspiração lembrou que, três dias antes, a autoridade europeia sugeriu que todos tivessem um kit de emergência para 72h.
A operadora de energia da Espanha, a REE, descartou um ataque hacker, mas o Tribunal Superior da Espanha disse que vai investigar se a rede sofreu um ataque terrorista. O primeiro-ministro Pedro Sanchez disse que o governo não descarta nenhuma hipótese, mas que é preciso não se precipitar e investigar com calma.
A REE sugere que houve uma instabilidade nas usinas solares do sudoeste da Espanha, que levou à interrupção de sua conexão com a França. Posição parecida é seguida pelo especialista em energia Carlos Cagigal. Ouvido pela Reuters, ele afirmou que a causa pode ter sido o fato de as usinas nucleares da Espanha estarem desligadas.
Carlos explica que, em sua opinião, toda a eletricidade vinha de fontes renováveis que levavam a energia para subestações já saturadas. Uma delas deve ter falhado e não havia backup para manter o sistema funcionando, por isso os protocolos de segurança foram acionados e o sistema desligado.
Avaliações do mercado dizem que o prejuízo nos dois países pode passar dos 4 bilhões de euros.
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