Bolsonaro lota Paulista por presos políticos

Um mar de gente. Essa foi a impressão de quem cobriu o ato pela anistia na Avenida Paulista. Se no Rio de Janeiro cerca de 400 mil pessoas compareceram, em São Paulo a multidão passou fácil do milhão, exceto para um grupo do departamento de Artes da USP (não de estatística), que divulgou "contagem" de 45 mil pessoas.

A avenida estava lotada quase de ponta a ponta, da Av da Consolação até o Paraíso, ocupando toda a largura e ruas transversais. Imagens aéreas mostram que a população que clama anistia pelos condenados no 8 de janeiro lotaram, neste domingo, a gigantesca Avenida Paulista, em São Paulo, que tem cerca de 3 km de extensão.

O ato foi convocado pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) e juntou governadores e líderes da oposição, em defesa da anistia aos condenados, que incluem pipoqueiro, vendedor de picolé, cabeleireira, idosas com mais de 70 anos e pessoas que sequer estavam na manifestação. Diversos infiltrados foram delatadas, nenhum foi preso.

O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), ironizou uma declaração da Universidade de São Paulo (USP), onde afirmava que o evento “flopou”. O parlamentar compartilhou um vídeo nas redes sociais, desmentindo a farsa com filmagem de drone, de uma ponta a outra da avenida, lotada.

O deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) fez duras criticas ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. O deputado discursou ao lado de líderes da direita, que estavam presentes no evento, incluindo o presidente Bolsonaro (PL). Para Nikolas, os ministros do STF agem como “ditadores de toga”.

“Para o debochado do ministro Barroso, que falou ‘perdeu, mané’: primeiro, isso é uma fala de bandido quando vai roubar alguém. O que você está querendo dizer com isso, Barroso? Que nas eleições de 2022 nós fomos assaltados?” pergunrou Nikolas Ferreira.

“A que ponto nós chegamos! Ter que ir para a rua para poder dizer o óbvio: que altas penas são para criminosos e não para baderneiros. Ditadores de toga, principalmente, como Alexandre de Moraes, se utilizaram do dia 8 para nos amedrontar. Se lascou, olha a gente aqui! Essa é a resposta para você, seu covarde”, afirmou.

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Rep), reafirmou seu apoio ao presidente Bolsonaro. Ele criticou a alta no preço dos alimentos no governo Lula (PT): “Porque vocês estão pagando caro no ovo, estão pagando caro no feijão, vocês estão pagando o caro no arroz. E, se está tudo caro, volta Bolsonaro!”

Tarcísio afirmou que "pedir anistia não é uma heresia. É justo, real e importante. Eu tenho certeza que, depois desse evento, Deus vai tocar o coração de cada parlamentar, de cada deputado, de cada senador, de cada líder. Nós vamos ter anistia. Eu tenho certeza que essa anistia vai ter sido uma conquista de cada um de vocês”.

O governado paulista diz que cadeia é para bandidos, não para manifestantes. “Eu quero prisão sim! Eu quero prisão para assaltante, eu quero prisão para quem rouba celular, eu quero prisão para quem invade terra, para quem invade propriedade privada. Eu quero prisão sim para o corrupto".

"Quantos crimes que chocam são cometidos por pessoas que são reincidentes? Esses caras têm que ficar na cadeia. É para eles que a gente quer a prisão. A anistia, para essas pessoas, é o reencontro com a liberdade, é o reencontro com a justiça, é o reencontro com a esperança". Com Diário do Poder.

6:22 PM  |  


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sao pedro