Bamin para Fiol e 300 são demitidos
A Bamin paralisou a construção do trecho 1F da Ferrovia de Integração Oeste-Leste, que começa em Ilhéus e se estende até Aiquara. Ele é a primeira perna da Fiol 1, entre o litoral sul da Bahia, escolhido para o Porto Sul, e Caetité, no centro-oeste, onde a empresa tem a Mina Pedra de Ferro. As obras do porto já estavam paradas.
A paralisação da Fiol foi revelada nesta terça-feira, pelo Blog Agravo, e confirmada pela Bamin. Segundo o veículo, cerca de 300 operários começaram a ser demitidos do canteiro de obras de Uruçuca. Além das duas cidades e de Aiquara, o trecho 1F abrange os municípios de Ubaitaba, Gongogi, Itagibá e Aurelino Leal.
A Bamin rescindiu o contrato com a Prumo Engenharia. Responsável pela construção do Trecho 1F, a terceirizada deu início à desmobilização do canteiro. O Jornal das Sete, da rádio Morena FM98, entrou em contato com a assessoria da Bamin, que pertence ao grupo ERG. Ela ressaltou que a primeira parte do trecho 1F foi concluída.
A empresa também disse que a paralisação não estava no planejamento inicial. As obras começaram em 2023. Segundo a Bamin, desde o início da concessão, em 2021, a ERG investiu R$ 784 milhões na ferrovia. A empresa informou que, apesar da finalização do contrato com a Prumo, a manutenção será mantida.
A mineradora ainda manterá todas as obrigações socioambientais relacionadas ao Projeto Integrado Pedra de Ferro. “A ERG permanece em busca de investidores que possam apoiar a implantação do projeto”, concluiu a multinacional, em nota enviada à redação.
Há menos de um ano, a Bamin anunciou pacotes de contratação de serviços, para a ferrovia e o porto, que somavam R$ 14 bilhões. A FIOL foi concedida à Bamin em setembro de 2021, num leilão feito pelo governo do presidente Jair Bolsonaro que rendeu R$ 32,7 milhões à União e previa R$ 3,3 bi em investimentos.
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