Roma denunicia invasões e fala de 2026
O presidente do Partido Liberal na Bahia, João Roma, considera injusta a condenação que impede o presidente Jair Bolsonaro de disputar as eleições de 2026. O ex-ministro lembrou que a única sentença contra ele é a do processo sobre a reunião com embaixadores, em julho de 2022, no Palácio do Planalto.
Segundo Roma, o caso não tem nada a ver com os atos pela anistia dos condenados pelo 8 de janeiro e defendeu a candidatura de Bolsonaro. “Que tipo de democracia é essa que fica inabilitando seus concorrentes? Se Bolsonaro é tão ruim, deixa ele disputar as eleições e derrote ele nas urnas”, afirmou o ex-ministro.
A conversa aconteceu em entrevista exclusiva ao programa Conexão Morena, da rádio Morena FM, de Itabuna, nesta quarta-feira. Para Roma, Bolsonaro é “o maior porta-voz do povo brasileiro”. Questionado sobre a viabilidade do presidente, Roma afirmou que há alternativas, como o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas.
Mas ele considera que Bolsonaro é o nome mais forte da oposição. O ex-ministro citou pesquisas eleitorais em que Bolsonaro aparece à frente do presidente Lula. Além disso, "o próprio Tarcísio disse que seu candidato é Bolsonaro". O governador de São Paulo, por diversas vezes, afirmou que vai concorrer à reeleição.
Pré-candidato ao Governo da Bahia, Roma admitiu a possibilidade de uma aliança com o vice-presidente nacional do União Brasil, ACM Neto, com quem tinha rompido em 2019. Ele já apoiou Neto no segundo turno das eleições de 2022. “É possível que haja uma aliança entre nós, visando esse bem maior, que é libertar a Bahia do PT”, disse.
"As pessoas têm que despertar, porque a Bahia tem ficado para trás perante seus vizinhos. Portanto, esse modelo de gestão do PT não está certo, não está bom para ninguém no estado da Bahia", disse o presidente estadual do PL. “Portanto, é possível que haja uma aliança entre nós, visando esse bem maior, que é libertar a Bahia do PT”, acrescentou.
Roma destacou o crescimento do PL no País, com a maior bancada da Câmara dos Deputados, e na Bahia, onde já tem mais de 250 diretórios municipais. "O PL é o maior partido político do Brasil", declarou.
O ex-ministro também exaltou a participação de Chico França nas eleições de 2024 e disse que o empresário de Itabuna é um nome forte para deputado estadual no pleito do próximo ano, "representando toda a região".
Na entrevista à Morena FM, João Roma aproveitou para denunciar o domínio do crime organizado na Bahia, que agora partiu para uma ofensiva de invasão de terras em concluio com o MST e índios. Ele destacou que não se trata de uma questão agrária ou de demarcação de terras para povos indígenas, mas de uma nova estratégia.
“O crime organizado está manipulando essas pessoas para se aproveitar de mecanismos legais e tumultuar a segurança pública no estado da Bahia. Eles estão interessados nos ativos do agronegócio. É o crime organizado mirando em novos nichos”, afirmou Roma, que esteve na Câmara dos Deputados para reiterar a denúncia.
Roma falou ao host Oziel Aragão que, tanto a reforma agrária quanto a demarcação de terras indígenas são legítimas, mas “o crime organizado está se infiltrando nessas causas, e isso tem trazido ainda mais insegurança, diante da total inapetência do governo para enfrentá-lo”, afirmou.
O ex-ministro ressaltou o impacto da criminalidade sobre a sociedade, prejudicando a geração de empregos na zona rural e renda para quem produz. “Quando a insegurança se instala, todos são prejudicados. As pessoas se revoltam porque veem o crime organizado avançando enquanto o Estado se omite”.
João Roma contou ao Conexão Morena que pediu uma audiência com o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, na qual vai pedir a presença da Força Nacional na zona de invasões do Extremo Sul, além de investigação da Polícia Federal sobre quem está por trás do terrorismo rural e qual o papel de indígenas e sem-terras nos crimes.
Nesta quarta, enquanto as pessoas correm risco de morte ans invasões, o governador Jeronimo Rodrigues (PT) divulgou que está "montando um grupo de trabalho" para tratar do assunto. Sem nenhuma pressa, marcou a primeira reunião só para a segunda-feira que vem, em Salvador, bem longe dos confrontos.
E não pretende garantir a propriedade de quem tem o direito, mas "mediar o conflito" para fazer uma "negociação entre as partes". Um deputado ligado ao próprio governo ironizou: "é como mediar uma negociação entre o estuprador e a vítima, que será obrigada a dar alguma coisa para o criminoso".
Muito esforço foi feito para produzir estas notícias. Faça uma doação para repor nossas energias. Qualquer valor é bem vindo. Pode ser via Bradesco, ag 0239, cc 62.947-2, em nome de A Região Editora Ltda, ou pelos botões abaixo para cartão e recorrentes.
