Feira da USP mostra projetos inovadores
Entre esta terça e sexta-feira, a Cidade Universitáriada USP, no bairro Butantã, será palco da 23ª Feira Brasileira de Ciências e Engenharia (Febrace), promovida pela Escola Politécnica da USP e realizado anualmente pelo Laboratório de Sistemas Integráveis Tecnológico (LSI-TEC), que reúne as melhores ideias de jovens cientistas.
São 300 projetos finalistas, desenvolvidos por 671 estudantes do ensino básico e técnico, que trazem soluções criativas para desafios locais, regionais e até globais. Todos os projetos podem ser conferidos online na mostra virtual neste link: https://virtual.febrace.org.br
Neste ano, um dos destaques será o número expressivo de projetos voltados às mudanças climáticas, tema que ganha ainda mais relevância com a realização da COP 30 em Belém, em novembro. Os projetos serão avaliados por especialistas, professores da USP e de universidades parceiras e profissionais da indústria.
Os melhores trabalhos serão premiados com troféus, medalhas, bolsas de estudo e estágios, além da oportunidade de representar o Brasil na Regeneron Isef 2025, a maior feira internacional do gênero, que acontece em maio, nos Estados Unidos.
A Febrace também lançará o curso gratuito Aprendizagem por Projetos e Mudanças Climáticas, 100% online e gratuito, que será oferecido na plataforma Apice, a partir de terça-feira (25). A iniciativa busca capacitar professores e estudantes no desenvolvimento de projetos que abordem soluções inovadoras.
“O compromisso dos jovens cientistas com questões climáticas demonstra a relevância da Febrace como plataforma de educação e inovação”, afirma a coordenadora do evento, professora Roseli de Deus Lopes, da Poli. “A feira reforça seu papel na formação de futuros cientistas e engenheiros comprometidos.”
Durante o evento, o público poderá conhecer os projetos finalistas, interagir com os estudantes e acompanhar atividades especiais, como palestras e painéis de discussão. Confira abaixo alguns dos projetos de destaque:
- O WaterSafe é um sistema de monitoramento e alerta de inundações com sensores de nível de água. O protótipo envia dados para um aplicativo, avisando sobre riscos de enchentes. Alimentado por energia solar, ele ajuda comunidades vulneráveis a se protegerem antes da situação se agravar.
- Um nanossatélite de baixo custo para monitorar queimadas em tempo real. Equipado com sensores e câmera infravermelha, envia dados via GPS para órgãos ambientais. O projeto foi feito com impressão 3D e custa apenas R$ 1.150.
- Um bioplástico feito de borra de café para impressão 3D, substituindo filamentos plásticos. A adaptação reduz o consumo de energia e promove práticas sustentáveis. Produtos como tubetes e telhas biodegradáveis foram criados usando o material.
- Óculos que detectam sonolência no motorista e emitem alertas sonoros e vibração. O dispositivo monitora os movimentos oculares e ajuda a evitar acidentes ao volante. Custa R$ 122 e é eficaz para veículos sem tecnologias modernas.
- A Drug Test Pen é uma caneta que identifica substâncias dopantes em bebidas, como benzodiazepínicos. O teste simples custa apenas R$ 10, tornando-o acessível para o público geral. Ela ajuda a prevenir o golpe “boa noite, Cinderela”.
- “Band-aid” biodegradável de mandioca e barbatimão, com propriedades cicatrizantes e biodegradáveis. A solução sustentável substitui plásticos e adesivos convencionais. O projeto favorece a cicatrização e reduz o impacto ambiental do descarte de plásticos.
- Moda sustentável. Uma estudante desenvolveu um método sustentável de tingimento de tecidos com pigmentos de microalgas. O processo utiliza Chlorella vulgaris e Spirulina maxima para criar corantes naturais, sem poluição ambiental. O projeto promove um mercado têxtil mais sustentável e economicamente viável.
- Absorvente biodegradável, feito de bioplástico de folhas de amora, com ação antifúngica e antibacteriana. O produto se decompõe em seis a oito meses, em contraste com absorventes convencionais. A inovação visa reduzir o impacto ambiental e melhorar a saúde íntima das mulheres.
- O Unfake é uma ferramenta de IA que detecta deepfakes de voz com alta precisão. O sistema classifica áudios reais e manipulados através de representações visuais e redes neurais. A tecnologia pode ser acessada online e está sendo aprimorada para mais tipos de áudio.
- Glossários digitais para promover inclusão e preservar línguas indígenas. Letícia Diniz desenvolveu um site com substituições de termos excludentes, enquanto ItxaLee OyGoyan criou um dicionário Tupi-Mondé. Ambos os projetos são acessíveis online.
- Drast, um drone subaquático de baixo custo feito com material reciclável. O drone coleta dados ambientais e captura imagens, além de resíduos metálicos com uma garra magnética. O projeto visa pesquisas científicas e monitoramento ambiental.
- Gestão inteligente da água para detectar vazamentos de água em redes hídricas, usando sensores de fluxo e um aplicativo de monitoramento. O sistema emite alertas em tempo real quando há variações anormais na vazão. O projeto busca combater o desperdício de água em instituições educacionais.
Muito esforço foi feito para produzir estas notícias. Faça uma doação para repor nossas energias. Qualquer valor é bem vindo. Pode ser via Bradesco, ag 0239, cc 62.947-2, em nome de A Região Editora Ltda, ou pelos botões abaixo para cartão e recorrentes.
