Câmara discute as mudanças na Fiol

A Câmara de Itabuna sediou nesta terça um amplo debate sobre a possível venda da Bamin para a Vale e as consequências nos projetos em andamento, como a Ferrovia de Integração Oeste/Leste e o Porot Sul. O presidente Manoel Porfírio diz que é inaceitável qualquer tentativa de mudar a rota da Fiol.

Não existe nada de concreto sobre a venda ou possíveis mudanças no projeto. A Vale apenas diz que está analisando a possibilidade de comprar a Bahia Mineração. Mas a simples possibilidade gera discussões acaloradas não só no sul da Bahia, como em Tocantins e no Mato Grosso, que passaria a ser o ínicio da ferrovia.

A Bamin é controladas pelo Eurasian Resources Group, do Cazaquistão, e explora a mina Pedra de Ferro, em Caetité; É da empresa a responsabilidade pela construção do trecho da Fiol que ligará o município ao Porto Sul, em Aritaguá, distrito de Ilhéus. Um boato é o de que a Vale não tem interesse na ferrovia.

A afirmação é estranha, já que será o meio masi econômico e eficiente de escoar o minério de Caitité. Outro diz que o traçado mudaria, para ligar a Fiol a uma cidade do Mato Grosso e não a Tocantinópolis, no Tocantins. Tudo isso faria a Vale abandonar o Porto Sul, que também prevê um terminal do estado, que não saiu do papel.

No deabte da Câmara, Porfírio fez um discurso inflamado. "Não precisamos de esmola, precisamos que a Vale termine a Fiol e o Porto Sul para termos geração de emprego e renda. Vamos levar esse debate para toda a população e vamos gritar para os governos que queremos a ferrovia aqui. O sul da Bahia é maior que a Vale".

A Fiol já passou um tempo abandonada, desde o governo de Dilma Rousseff (PT) e foi retomada pelo presidente Jair Bolsonaro. Depois os trechos foram arrematados em leilões históricos, com grande ágio sobre o preçço base. A Bamin ficou com o último trecho da rota entre Caetité e Ilhéus.

A visão de Manoel Porfírio, do PT, se alinha a de todas as correntes políticas, inclusive da direita, representada no debate pelo porta-voz do Movimento Ivasão Zero, Luiz Henrique Uaquim. Foi o primeiro debate, reunindo lideranças regionais, vereadores e empresários. A tendência é ele ser amplilado nos próximos meses.

Até o momento, os governos federal e estadual estão calados, assim como os dois deputados estaduais eleitos pelo sul da Bahia, Fabrício Pancadinha e Soane Galvão.

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