Bebidas afetam eficiência do coração
Com a chegada do final do ano surgem as festas, em família, confraternizações de empresas ou viagens, todas elas regadas a álcool. Porém, abusar das bebidas alcoólicas durante todo o período de comemorações pode significar um aumento na frequência cardíaca e nos riscos de doenças cardiovasculares.
Se exagerado, o consumo do álcool pode enfraquecer o músculo cardíaco e resultar em cardiomiopatia alcoólica, doença causada pelo consumo excessivo e prolongado, ou pelo efeito tóxico dos aditivos das bebidas. Esse enfraquecimento prejudica a capacidade do coração de bombear sangue.
"Ele pode causar insuficiência cardíaca, aumentando o risco de infartos", explica o Dr. Alexsandro Fagundes, presidente da Sociedade Brasileira de Arritmias Cardíacas (Sobrac). "Em pessoas que já possuem histórico de doenças cardíacas, o álcool pode aumentar as chances de tipos comuns de arritmia cardíaca", afirma.
Durante condições como a fibrilação atrial os sinais podem surgir logo algumas horas após o consumo, através da falta de ar, palpitações no coração, desconforto no tórax, fadiga e outros sintomas semelhantes. Porém, o risco de doenças cardíacas por bebidas alcoólicas podem aumentar até em pessoas saudáveis.
Em períodos durante o consumo, a frequência cardíaca sobe e pode ultrapassar os 100 batimentos por minuto, mas é na fase de recuperação, horas após o consumo, na qual o corpo ainda processa o álcool, que as arritmias são mais frequentes, porque o efeito a longo prazo do álcool altera as propriedades elétricas do coração.
“Existe uma teoria de que o consumo moderado, por volta de duas doses de cerveja ou uma de destilado diariamente, pode ser benéfico à saúde do coração, devido a uma função de proteção cardiovascular exercida pelo álcool,” observa Alexsandro. "Porém, o consumo excessivo pode aumentar, significativamente, o risco".
A relação entre o álcool e a saúde cardiovascular é praticamente direta. Quanto maior a concentração de álcool no sangue, maiores a chances de arritmias, principalmente para aqueles com predisposição a doenças cardíacas. Estudos já revelaram que diminuir ou erradicar o álcool ingerido pode reduzir os riscos de fibrilação atrial.
"Outro ponto que devemos nos atentar no final de ano é em relação aos drinks com mistura de bebidas alcoólicas e energético, pois essa combinação pode ser muito prejudicial à saúde cardíaca. Os energéticos possuem um efeito estimulante, contrário ao álcool, que é depressor".
"Ao ingerirmos os dois ao mesmo tempo, podemos potencializar a excitabilidade de células elétricas do coração, aumentando ainda mais o risco de arritmias", conclui o médico.
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