PF investiga os advogados da Faroeste
A Polícia Federal deflagrou, nesta terça-feira a Operação Patronos VII, com o objetivo de recuperar dinheiro obtido ilegalmente por advogados que negociavam decisões judiciais com juízes e desembargadores do Tribunal de Justiça da Bahia. A PF já apreendeu veículos de luxo e uma embarcação.
Na primeira fase da operação, os federais identificaram negociata que incluiu decisão de uma desembargadora a favor de uma empresa, prejudicando o Bradesco em mais de R$ 35 milhões. Ela recebeu propina de R$ 400 mil para dar essa decisão em 2016, em uma ação que pedia indenização por perdas e danos, diz a PF.
O banco foi condenado a pagar R$ 15 milhões da época à empresa Empreendimentos Turísticos e Imobiliário Mirante do Porto, que construía um condomínio em Porto Seguro. Ela e o banco estavam em litígio na Justiça por causa de empréstimos feitos desde a década de 1990. O Bradesco perdeu na primeira instância e recorreu.
A desembargadora Sandra Inês Rusciolelli, que mais tarde virou delatora da Faroeste, tornou-se a relatora do caso no TJ-BA. Seu voto foi seguido pelos outros integrantes da corte que participaram do julgamento. Eles decidiram a favor da Mirante do Porto, mas a investigação não inclui os outros magistrados. Neste caso.
A operação atual é desdobramento da Faroeste, que descobriu uma quadrilha formada por advogados, empresários, servidores e desembargadores do TJ-BA. Ela se concentra nos advogados que participaram da fraude e está na sétima fase. As outras acontecem desde setembro de 2023.
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