Novos voos deixaram Ilhéus de fora
O governo do Estado anunciou mais três voos regionais na Bahia, ligando cidades do interior à capital, mas eles estão restritos a Barreiras, Lençóis e Guanambi. Todos são da Azul e vão suar o ATR-72, avião turbohélice com 70 assentos. Mais uma vez, a novidade deixa de fora Ilhéus, que perdeu vários voos desde 2022.
O Aeroporto Jorge Amado já teve seis ligações com Salvador todos os dias, com três idas e três vindas, operadas pela Gol, Latam e Azul. Hoje o sul da Bahia é humilhado pelas empresas aéreas e amplamente prejudicado pela omissão do atual governante Jeronimo Souza (PT) e dos prefeitos.
A Latam não oferece nenhum voo direto para a capital. A única opção dela é uma viagem entre 5h25 e 7 horas de duração. Nesta segunda-feira, ele custava R$ 3.542. Pela rota mais "rápida" daria para ir de carro gastando cerca de R$ 300 em combustível. A mais longa é igual a ir à Salvador de ônibus, por cerca de R$ 250.
A Gol só tem voo de Ilhéus para Salvador com nada menos que 6 horas de duração, custando R$ 2.802 ou outro de 8 horas pelo mesmo preço. No sábado e domingo não tem voo algum. A Azul oferece apenas um voo de 4h30 por R$ 2.637 ou outro de incríveis 11 horas pelo mesmo valor.
Os únicos voos diretos são os da Azul de quinta-feira, saindo às 16h40, por R$ 1.984, e o de domingo, às 16h30, por R$ 2.099. Nesses dias, os outros voos duram mais de 4h30 e custam quase R$ 4 mil. A alternativa é pegar um ônibus. Na Águia Branca, o leito-cama sai por R$ 375,66. Saindo de Itabuna, fica em R$ 351,29.
A situação voando de Salvador para Ilhéus é a mesma, assim como a do aeroporto de Porto Seguro. Nenhum turista que estiver na capital vai visitar Porto, Ilhéus ou Itacaré, limitando o desempenho do turismo no sul da Bahia. Ainda impede o investimento de empresários nestas cidades e em Itabuna, pólo econômico regional.
Tanto prefeitos como Mário Alexandre em Ilhéus e Augusto Castro em Itabuna, quanto o governador Jerônimo, os senadores Jaques Wagner, Angelo Coronel e Otto Alencar, toda a bancada do estado na Câmara Federal e na Assembleia Legislativa se omitem e desprezam o prejuízo causado aos usuários.
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