SP tirou 58 mil toneladas do Pinheiros
A Secretaria de Meio Ambiente do Estado de São Paulo (Semil) já retirou mais de 58 mil toneladas de lixo flutuante do Rio Pinheiros, na capital. Entre os campeões estão garrafas pet, isopor (marmitas, por exemplo) e brinquedos. Objetos com volume maior também são vistos com frequência.
Entre eles estão móveis como sofás e colchões. Foram investidos quase R$ 100 milhões na coleta desse lixo desde o começo do ano passado, pelo Programa IntegraTietê, que promove ações de recuperação do mais importante rio paulista e de seus afluentes, como o Pinheiros.
Toda essa poluição chega ao rio pela ação humana, com o lançamento direto ou pelas chuvas, que acabam arrastando a sujeira jogada nas ruas de toda a bacia do Pinheiros, ou seja, de bairros como Jaguaré, Itaim Bibi, Morumbi, Guarapiranga, Vila Olímpia, Panamby, Capão Redondo.
É importante citar que a colaboração da sociedade em realizar o descarte do lixo de maneira correta é essencial para a limpeza do rio. Para conscientizar a população, a Semil e a Empresa Metropolitana de Águas e Energia (Emae) lançaram nesta segunda-feira o Lixômetro do Rio Pinheiros.
O painel exibe o alto volume de materiais retirados do canal e o gasto de dinheiro público para realizar a limpeza. Os dados serão atualizados semanalmente. O equipamento ficará na Casa Conectada, no Parque Bruno Covas. As retirada é feita por um barco que navega os 25 km do Pinheiros.
Após a coleta, os detritos são levados para um local chamado “área de rebaixo” (onde são depositados para secar) e, depois, colocados em caçambas e encaminhados para aterro sanitário. Há ainda o volume de materiais sólidos removidos nas grades das Usinas Elevatórias Pedreira e São Paulo pela Emae.
De janeiro de 2023 até agosto deste ano, foram removidos 1,038 milhão de quilos de materiais.
Em agosto, foi anunciado um investimento de R$ 79,5 milhões em outra ação estratégica para a melhoria do Pinheiros, que é o desassoreamento de 700 mil metros cúbicos de sedimentos do fundo do rio. O contrato iniciado em julho também faz parte do programa IntegraTietê.
Desde 2023 até agosto foram retirados 1,7 milhão de m³ de sedimentos, volume equivalente à carga de 121 mil caminhões basculantes. Se esses caminhões fossem enfileirados, alcançariam uma distância de 1.200 km – mais do que uma viagem entre São Paulo e Porto Alegre.
Outras atividades foram realizadas tanto na capital paulista quanto no interior, onde o rio tem sua nascente, na cidade de Salesópolis. A Semil, em parceria com o DAEE, Fundação Florestal, Cetesb, Sabesp e Emae, preparou uma série de atividades, como uma remada simbólica no rio Tietê.
A iniciativa foi realizada em parceria com a Fundação SOS Mata Atlântica e contou com a presença da secretária da Semil, Natália Resende. No sábado, o DAEE promoveu a “Caminhada pelo Rio Tietê”, no Parque Ecológico do Tietê, para celebrar o rio e reforçar a conscientização em relação a ele.
Por fim, no domingo, foi realizada em Salesópolis a 3ª Festa da Nascente do Rio Tietê, organizada pela prefeitura em parceria com a Semil. A iniciativa teve o intuito de reforçar a importância do rio e buscou levar essa mensagem com um fim de semana repleto de atrações.
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