Rádio lidera no consumo de músicas
Uma nova pesquisa investiga porque pessoas ao redor do mundo continuam a recorrer ao rádio para satisfazer suas necessidades musicais. A Federação Internacional da Indústria Fonográfica descobriu que 76% dos ouvintes sintonizam o rádio principalmente por causa do conteúdo musical.
Do total, 67% dos entrevistados escolhem suas estações favoritas com base na seleção musical. Além disto, 63% afirmaram que não ouviriam rádio se ele deixasse de transmitir música. Entre os dispositivos de escuta, os métodos tradicionais ainda dominam: 65% usam receptores convencionais ou rádios de carro.
Dispositivos móveis e computadores representam 17% do tempo de escuta, enquanto as smart speakers estão lentamente ganhando espaço, com 9%. A pesquisa mostrou que há um forte engajamento dos ouvintes com o rádio que, em alguns casos, supera até mesmo o streaming.
Isto pode ser observado em um comparativo do alcance, por faixa etária, do rádio com o streaming. Entre o grupo mais jovem, de 16 a 24 anos, 59% ainda se envolvem com o rádio por causa da música, quase empatando com a taxa de uso de 60% desse grupo etário para serviços de streaming por assinatura, como Spotify.
O uso do rádio aumenta de forma constante nas faixas acima, com 71% dos jovens adultos de 25 a 34 anos sintonizando, contra 62% que usam streaming. O pico está na faixa de 35 a 64 anos, onde se mantém acima de 77%, enquanto o uso de serviços de streaming fica em 50% ou menos.
O estudo foi realizado entre uma amostra representativa da população online, com idades entre 16 e 64 anos, na Argentina, Austrália, Brasil, Canadá, França, Alemanha, Itália, Japão, México, Países Baixos, Nova Zelândia, Polônia, África do Sul, Coreia do Sul, Espanha, Suécia, Reino Unido e EUA.
Mais de 43.000 usuários de internet foram pesquisados, com um número maior de respondentes em mercados maiores. Amostras variando entre 1.100 e 4.000 por mercado foram definidas de acordo com o tamanho da população online e a estrutura demográfica, conforme determinado pelo censo mais recente.
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