Pesquisa eleitoral deve ser barrada

Itabuna e Ilhéus estavam ansiosas por uma nova pesquisa eleitoral e contavam com uma anunciada para o próximo sábado, feita pela Flex Consultoria & Pesquisas. Mas ela pode não ser divulgada, porque a empresa tem um histórico de problemas, incluindo 17 processos, sendo 4 deles na Bahia.

A Coligação Mudança para a Vida Melhorar, de Ilhéus, já entrou com um pedido na Justiça Eleitoral para impedir a divulgação da pesquisa. Em Itabuna, uma das coligações se movimenta no mesmo sentido. A Flex ganhou fama de manipulação de resultados e já foi condenada por fraude com pesquisas.

A pior condenação aconteceu em Rio Bananal, cidade do Espírito Santo, onde está sediada. O juiz Marcelo Loureiro condenou a Flex a pagar multa de R$ 53 mil por fraude com pesquisas. Ela também foi condenada em Canavieiras em 2020 pelo juiz Eduardo Gil Guerreiro.

O juiz eleitoral enxergou que a Flex usa sempre o mesmo plano de entrevistas em todas as cidades, como se elas fossem iguais. Este comportamento caracteriza fraude, porque cada cidade precisa de um plano de entrevistas baseado no perfil de sua população, como idade, bairros, profissão e nível educaional.

A Flex também foi condenada em Conceição da Barra, pelo juiz Leandro Silveira, por indícios de fraude. Em Boa Esperança, a condenação foi do juiz André Dadalto. E, Porto Seguro, a pesquisa da Flex foi proibida pelo juiz Rafael Siqueira. Todas as condenações tiveram como razão fraude eleitoral.

A Flex Consultoria Pesquisas é uma empresa de apenas um sócio, Adeilson de Lima Francisco, opera com o CNPJ 39.359.020/0001-99 e tem sua sede na zona rural de Linhares/ES. Seu foco principal de atuação é pesquisa e desenvolvimento em ciências sociais e humanas, de acordo com o código CNAE.

Entre as atividades constam pesquisa, suporte de informática e... pintura de edifícios. Segundo uma busca em sites especializados, a Flex não tem nanhum funcionário e foi aberta em 2020 com capital social de R$ 50 mil. Aparentemente não se preocupa em dar lucro, já que banca todas as suas pesquisas.

O dono, Adailton, tem ainda uma condenação pela Lei Maria da Penha, de 2 de julho de 2019, respondendo ao processo 0013271-94.2017.8.08.0030. Na época, o juiz ordenou uma medida protetiva que incluiu a

proibição de aproximação da ofendida e familiares a menos de 300 metros. Com Jornal das Sete, da Morena FM.

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sao pedro