Bahia perdeu o controle da segurança
A falta de segurança na Bahia atingiu nívels alarmantes, com facções substituindo o estado e ordenando o fechamento do comércio, impedindo a circulação das pessoas. Um exemplo aconteceu na capital Salvador, no bairro da Barroquinha, onde os ônibus foram impedidos de circular, nesta sexta-feira (27).
A ordem foi dos traficantes locais, que também mandaram fechar todos o comércio. O motivo foi a morte de um de seus marginais durante um tiroteio com a Polícia Militar da Bahia na região do Gravatá. O conflito chegou ao terminal, onde um ônibus foi atacado a pedradas e quase foi incendiado.
A circulação ficou suspensa nas primeiras horas da manhã, prejudicando quem precisava de transporte para o trabalho e para a escola. Os ônibus voltaram a trafegar depois das 9h, com suporte da polícia. Mesmo assim, os motoristas continuam com medo de ataques e queima de ônibus pelos bandidos.
Uma comerciante disse ao Correio24h que os traficantes "mandaram fechar mesmo e eu baixei as portas, assim como os outros fizeram. O aviso é de que a rua iria pegar fogo, mas não vi nada acontecendo depois disso. Mesmo assim, a gente fica com medo porque aqui tem um histórico de mandarem fechar".
A perda de controle da segurança por parte do Governo do Estado também cresce no interior. Em Lauro de Freitas, ela já afeta a lisura das eleições deste ano, especialmente porque o candidato da prefeita Moema Gramacho (PT) está bem atrás nas intenções de voto e se suspeita de "jogo combinado" com o tráfico.
A facção criminosa que controla o bairro Portão mandou bloquear o acesso de qualquer candidato do União Brasil, incluindo a candidata a prefeita Débora Régis, que lidera as pesquisas com folga. Também impede a entrada de pesquisadores eleitorais, tudo contando com a omissão do governador Jerônimo Souza (PT).
Nesta semana, entrevistadores de um instituto de pesquisa foram expulsos por marginais da facção e um motorista de aplicativo foi barrado na entrada do bairro. Deputados da oposição dicutem um pedido de intervenção federal, já que o estado perdeu o controle da situação, mas não acreditam nela.
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