Trotes seguem ameaçando vidas na BA

O problema é antigo, mas continua sem solução, até pela baixa escolaridade da população baiana. Com mais de 60% de analfabetos funcionais, o estado segue vítima dos trotes aos sistemas de segurança e salvamento, colocando em risco a vida de pessoas que não são atendidas por causa deles.

Apenas de janeiro a 25 de março, o Centro Integrado de Comunicações (Cicom) da Secretária da Segurança Pública da Bahia recebeu 83.794 trotes. Ele são 20% do total de chamados de emergência para o Corpo de Bombeiros, Polícia Militar e o Samu. Em 2023, os trotes somaram 233.039 chamadas ilegais.

A coordenadora de teleatendimento da Stelecom, tenente PM Divaneide de Andrade Costa, lembra que o trote é crime. “De acordo com o artigo 340 do código penal, levar informações falsas a órgãos governamentais é crime, o trote é crime, com pena de três meses a um ano de detenção e multa".

"A próxima pessoa a precisar do atendimento pode ser você”, completou, num lembrete de que, quando uma viatura ou ambulância sai para atender uma chamada falsa, outra pessoa pode estar correndo risco de vida num incêncio, num ataque a escola, ou sofrendo uma parada cardíaca. Trotes matam.

O subtenente BM Cristiano Cardoso reitera que o trote é perigoso. “Prejudica o nosso tempo de resposta, em torno de 15 minutos, pois, por causa do grande número de trotes, precisamos fazer uma investigação e confirmar todos os chamados, verificar a veracidade do fato, o que reduz o nosso tempo de resposta".

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sao pedro