Operação na Baixada acaba em sucesso

O reforço de policiais enviados de cidades do interior e da capital paulista para a Baixada Santista terminou nesta segunda-feira com o encerramento da terceira fase da Operação Verão. A estratégia da Secretaria da Segurança Pública para combater o crime organizado deu muito certo.

Ela asfixiou as finanças do tráfico de drogas e agora passa por uma fase de manutenção, com a ampliação de efetivo em 341 PMs, que passam a atuar de maneira permanente na região. O anúncio foi feito pelo secretário da pasta, Guilherme Derrite. “A operação cumpriu os seus objetivos".

"Desde capturar alvos identificados por um trabalho de inteligência conjunto entre as polícias, até reduzir os índices criminais na Baixada Santista. Agora, com a ampliação do efetivo, podemos dar continuidade a esse combate, que será constante”, ressaltou o secretário, que considera a região um grande desafio.

Desde dezembro, no início do reforço na segurança na Baixada, 1.025 infratores foram presos, sendo quase a metade (438) procurada pela Justiça, além de 47 menores. As Polícias Civil e Militar retiraram das ruas 2,6 toneladas de drogas e apreenderam 119 armas de fogo ilegais.

Esse trabalho resultou na redução de roubos em 25,8% em Santos, São Vicente e Guarujá no primeiro bimestre do ano, quando comparado ao do ano anterior. Em toda a Baixada Santista, fevereiro de 2024 foi o mês com a menor taxa de roubos da série histórica, iniciada em 2001.

As ações da Operação Verão vão dar espaço para a ampliação no efetivo policial nas principais cidades da Baixada. No final de fevereiro, 341 PMs, entre soldados, cabos e sargentos, passaram a atuar na região. Além disso, há previsão no aumento de policiais civis com a formação de novos agentes neste ano.

No mês passado, a gestão paulista também anunciou uma série de investimentos para fortalecer a segurança na Baixada. Há previsão de aplicar R$ 70 milhões para reformar e concluir obras de unidades policiais e aquisição de equipamentos, como viaturas, barcos blindados e novas armas.

Durante a intensificação do policiamento houve prisões de peças-chaves para o crime organizado. Uma delas foi presa no dia 8 de fevereiro. Karen de Moura Tanaka Mori, a Japa, é suspeita de comandar a lavagem de dinheiro de uma facção criminosa em Santos, Cubatão e Guarujá, além da capital.

Os policiais também prenderam Caio Vinicius, apelidado de “Nego Boy”, acusado de liderar o tráfico de drogas em uma das comunidades de Santos. A polícia ainda identificou Rodrigo Pires dos Santos, o “Danone”, outra liderança de alto escalão de uma facção. Ele trocou tiros com policiais e foi morto.

Ao todo, 56 criminosos entraram em confronto com as forças policiais e morreram. Apreensões em áreas de mangue e imóveis demonstraram a atuação de facções criminosas na Baixada para o escoamento de drogas, inclusive para fora do país. Na última semana, 1,2t de cocaína que seria exportada foi apreendida.

Além disso, dezenas de imóveis usados por traficantes como “casas bomba” para armazenar drogas e armas foram desativados. No dia 14 de março, dez construções em área de mata foram destruídas por equipes do policiamento ambiental, com apoio do Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate).

A terceira fase da ação, iniciada em 7 de fevereiro, foi deflagrada depois da morte de dois PMs que atuavam na Operação Verão. O soldado Samuel Wesley Cosmo, da Rota, foi atingido por um tiro no rosto no bairro Bom Retiro, e o cabo José Silveira Santos, do 2° Baep, morreu ao ser baleado no Jardim São Manoel, ambos em Santos.

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sao pedro