Aumento para políticos revolta Ilhéus

Divulgado com atraso porque a Câmara de Ilhéus manteve na surdina, o aumento no salário de prefeito, vice e secretários revoltou os ilheenses. Aprovado no dia 29, ele só foi tornado público nsta segunda, com os novos valores valendo para o próximo ano, ou seja, para quem for eleito em outubro.

O Projeto de Lei aumenta o salário do prefeito de R$ 23.734 para R$ 30.000, um reajuste de 26%. O do vice-prefeito sobe 12%, de R$ 17.725 para R$ 20.000. No caso dos vereadores, que recebem atualmente R$ 13.394, o reajuste foi o maior de todos, de 34%. Eles passarão a ganhar R$ 18.000 por mês.

Votaram a favor do reajuste generoso Eder Júnior, Fabrício Nascimento, Baiano do Amendoim, Enilda Mendonça, Jerbson Morais, Ivo Evangelista, Ivete Maria, Gurita, Cláudio Magalhães, Jonilson Souza, Tandick Resende, Edvaldo Gomes e Sérgio do Amparo. Só Vinicius Alcantara e Augustão foram contra.

A revolta nas ruas se dá pela diferença de tratamento. Enquanto o trabalhador teve 8% de reajuste no salário mínimo, para trabalhar 5 dias por semana, os vereadores ganharam 34% e só aparecem no "trabalho" duas vezes por semana, além de ter o dobro de férias, muitas mordomias e faltas abonadas.

O consenso é de que o aumento, mesmo sendo legal, é extremamente imoral e transforma o cargo de vereador numa boquinha de luxo que todo mundo quer. Isso aumenta exponencialmente a chance de ter vereadores despreparados para o cargo, que se preocupam mais com o ganho do que com as obrigações.

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