Médico impune denunciado pela 4ª vez

O médico Luiz Carlos Leite de Souza, que trabalha na Maternidade Otaciana Pinto, antiga Maternidade da Mãe Pobre, em Itabuna, mais uma vez é acusado de conduta errada. Desta vez uma enfermeira, que fazia uma vistoria para a Secretaria de Saúde da Bahia, o denunciou por racismo nesta quarta-feira.

Luiz Leite teria feito um com,comentário ofensivo em relação à cor de sua pele. O médico foi levado para o Complexo Policial e autuado em flagrante. Agora passará por uma audiência de custódia. A defesa dele nega qualquer ofensa e alega que fez apenas "um elogio mal interpretado". A Maternidade se calou.

O ginecologista e obstetra Luiz Leite tem outras denúncias no passado, noticiadas aqui mesmo no jornal A Região e no Jornal das Sete da Morena FM. Em 2013 o Ministério Público Estadual denunciou Luiz Leite por cobrar para fazer o parto da adolescente JSR pelo SUS e pediu a cassação de sua licença.

Na época, a direção da Maternidade da Mãe Pobre devolveu o dinheiro à vítima mas não puniu o médico. Ele cobrou R$ 1.200 pelo parto da paciente, que foi inicialmente atendida por Mardson Monteiro, ficando em observação. Quando Luiz Leite assumiu o plantão, a paciente já tinha evoluído no trabalho de parto.

Ela entrou no centro cirúrgico por volta das 13h. Mesmo já no centro cirúrgico, a parturiente agonizou com dores até 16h, esperando o obstetra. Foi apurado que, apesar das dores e várias horas em trabalho de parto sem dar à luz, Luiz Leite afirmava que tudo “evoluía normalmente” e que só faria o parto sendo pago.

Em novembro de 2019, Luiz Leite causou revolta na cidade. Ele foi acusado pela adolescente LSP, de 16 anos, de agredí-la durante a consulta. O diretor da Materniadade, Veldo Cordeiro, afirmou que ele “não atenderia mais” no hospital. Porém, mais uma vez, ele ficou impune e continuou atendendo.

LSP conta que chegou à então Maternidade da Mãe Pobre com a mãe, Andreia Nascimento, com muitas dores e a vagina sangrando. Ao informar o médico que estava com 37 semanas de gravidez, ouviu dele que “não deveria estar na maternidade”.

Segundo o relato dela, o médico pediu para que abrisse as pernas, mas não podia, por causa das dores. O médico então enfiou o dedo, sem avisar, e a garota gritou. Ele então fez mais força e ela gritou ainda mais forte, levando dois tapas na cara e sendo chamada de “atriz”.

Segundo a mãe, uma queixa foi registrada na delegacia e uma denúncia feita ao Ministério Público. Luiz Leite, de 78 anos, foi denunciado essas três vezes, mais uma pela morte de um bebê por fratura no braço. Mas em cada uma das vezes ficou impune e continuou livre para cometer outros crimes.

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sao pedro