Bolsonaro quebra recorde de público

O ato de apoio ao presidente Jair Bolsonaro (PL) na Avenida Paulista, em São Paulo, neste domingo (25), foi marcado pela presença de um público gigantesco, para muitos superior a 1 milhão de pessoas, e pela demonstração de força política do homenageado. Foi um mar de gente inédito no país.

Bolsonaro mostrou sua liderança ao convocar a manifestação apenas duas semanas antes e reunir o maior público que a Paulista já recebeu. Ele pediu para ninguém exibir faixas contra opositores ou ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e foi obedecido. Nenhuma faixa foi levada pelos apoiadores.

Mas sobraram pessoas vestindo verde e amarelo, agitando bandeiras do Brasil e de Israel, um desagravo ao discurso insano do chefe de governo Lula da Silva, que comparou a reação ao grupo terrorista Hamas ao holocausto de Hitler, que assassinou 6 milhões de judeus. A fala antisemita segue a filosofia nazista.

O evento na Paulista teve forte comparecimento de parlamentares, mais de uma centena de deputados e senadores, além dos governadores Tarcisio de Freitas (Republicanos), o anfitrião; Jorginho Melo (Santa Catarina), Ronaldo Caiado (Goiás) e Romeu Zema (Minas Gerais). Tarcísio falou em nome deles.

Ele afirmou que Bolsonaro "não é mais um CPF, você não é mais uma pessoa, você representa um movimento, você representa todos eles que aprenderam, que descobriram que vale a pena brigar pela família, que vale a pena brigar pela pátria, que vale a pena brigar pela liberdade. Você nos ensinou valores".

O discurso mais contundente foi o do pastor Silas Malafaia, um dos organizadores do eventos, que criticou fortemente o ministro Alexandre de Moraes, do STF, afirmando não ter medo de ser preso e que vergonha mesmo é “ficar calado”. Malafaia lembrou os ataques violentos do PT e MST ao Congresso. E a fala de Lula.

"Quero deixar aqui o meu repúdio ao presidente Lula, que fez o Brasil ser vergonha no mundo inteiro. O único presidente de um país democrático que recebeu elogios de terroristas assassinos do Hamas. Que vergonha", afirmou de forma veemente. Em seguida disse que não ia atacar o STF, como instituição.

Mas denúnciou a "engenharia do mal para acabar com o estado democrático de direito". Lembrou a resolução do TSE, contra a lei eleitoral, "deu todo o poder ao ministro Alexandre de Moraes". Disse que "todos sabem como foi a eleição. Podiam chamar Bolsonaro de genocida mas não Lula de ex-presidiário".

"No estado democrático de direito, como os Estados Unidos, Alemanha, França, Itália, ninguém tem medo de falar em manifestação, ninguém tem medo de expor sua opinião nas redes sociais. Olhe o que acontece no Brasil. Deputado com medo de falar, senador com medo de falar, brasileiros com medo de falar".

"Que democracia é essa onde o brasileiro está com medo de falar?" Antes dele, o deputado federal Gustavo Gayer também abordou o medo. Ele pediu aplausos aos deputados, senadores e governadores que foram ao evento. "Vir aqui hoje é colocar um alvo gigantesco em nossas costas".

"Tem um ano que vem sendo trabalhada uma narrativa para colocar medo no coração de voces. Tem um ano que nós estamos sendo ameaçados. Pessoas que usam verde e amerelo são perseguidas, inocentes estão sendo presos. Tudo foi feito para que isto aqui nunca mais acontecesse. Mas aconteceu".

Nikolas Ferreira, o deputado federal mais jovem do país, disse que "hoje estamos dando o recado de que não desistiremos do nosso país. É um recado não só para poderosos, mas para nós mesmos. Talvez nós não veremos o Brasil prometido, mas nossos filhos verão um país verde e amarelo".

Em seu discurso, no encerramento do “Ato em Defesa da Democracia”, Bolsonaro pediu anistia para os “pobres coitados” mantidos presos na Papuda, em Brasília, e muitos já condenados a penas que supram os 17 anos de prisão. Ele criticou a narrativa de Moraes e da velha imprensa de que "foi um golpe".

A Polícia Militar de São Paulo não registrou nenhum incidente, mas prendeu alguns infiltrados do PT que tentaram criar conflitos no meio da multidão.

23:09  |  


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sao pedro