População é contra a venda do parque
Dois em cada três ilheenses são contra a venda do Parque de Exposições, segundo levantamento da Gasparetto Pesquisa e Estatísticas. A pesquisa ouviu 1.211 pessoas de 23 a 26 de novembro. Destas, 67,8% se posicionaram contrárias à venda do parque, situado às margens da Rodovia Ilhéus-Olivença, na zona sul.
Apenas 18,08% são a favor do negócio e 11,64% não conhecem a proposta. Já outros 2,48% não souberam ou não responderam. O terreno pertence ao município. A ideia partiu do prefeito Mário Alexandre, que enviou projeto de lei à Câmara com esse propósito. O legislativo já aprovou a iniciativa.
A Prefeitura agora aguarda possíveis compradores. Ao sancionar a lei que autoriza a venda, Marão não apresentou uma estimativa de preço do imóvel, que se estende por 31 mil m² numa das áreas mais valorizadas do município. O Jornal das Sete, da Morena FM, consultou o corretor de imóveis Marcell Tavares, da IBS.
Ele avaliou o parque em R$ 62 milhões. Segundo o corretor, naquela região o metro quadrado varia de R$ 2 mil a R$ 2.500. Entidades civis questionam a legalidade da venda e acionaram a Justiça para tentar impedi-la. Pelo menos duas ações foram movidas contra o leilão.
Numa delas, são partes o Instituto Nossa Ilhéus, o Grupo Amigos da Praia, o Instituto de Estudos Sócio Ambientais do Sul da Bahia e o Instituto Floresta Viva. Figuram como réus a Câmara de Vereadores, o Município e o prefeito Mário Alexandre. A área foi desapropriadana década de 90, pelo prefeito João Lyrio.
O Preserva Ilhéus aponta falhas na Lei. Além de não justificar a venda, a Lei não traz avaliação do imóvel, não aponta as despesas do município com a manutenção do parque, nem mostra o interesse público em sua venda. Para o Coletivo, "Marão está confundindo o interesse público com o privado".
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