Rating foi graças à gestão Bolsonaro

A agência de classificação de risco de crédito Fitch elevou o rating do Brasil de "BB-" para "BB" com Perspectiva Estável. Segundo a Fitch, a elevação do rating reflete o "desempenho macroeconômico e fiscal acima do esperado em meio a choques sucessivos nos últimos anos, políticas proativas e reformas que permitiram isso".

Em seu relatório, a agência de classificação de risco citou várias reformas realizadas pelo governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) como "importantes avanços políticos" fundamentais para obter essa melhora na nota de crédito.

Entre as medidas tomadas pelo Executivo anterior, a Fitch destacou a reforma da previdência ou a independência do Banco Central, graças as quais o Brasil vai conseguir "enfrentar desafios econômicos e fiscais". A agência criticou o governo de Luiz Inácio Lula (PT).

Segundo a Fitch, "o novo governo esquerdista de Lula defende um afastamento da agenda econômica liberal dos governos anteriores". No entanto, graças ao Congresso formado por parlamentares majoritariamente liberais e conservadores, "a Fitch espera que o pragmatismo e os freios e contrapesos institucionais mais amplos evitem desvios radicais de macro ou micropolítica".

"Parece improvável que Lula busque grandes reversões das reformas liberais promulgadas nos últimos anos (por exemplo, reforma trabalhista, privatização da Eletrobras), ou será incapaz de fazê-las devido a freios e contrapesos (como lei do saneamento e tentativas de mudanças que foram bloqueadas no Congresso".

A agência lançou um alerta sobre as contas públicas brasileiras, que por causa dos maiores gastos decididos pelo governo Lula estariam "se deteriorando em 2023 após uma melhora anterior, prevendo que a relação entre dívida pública e Produto Interno Bruto (PIB) aumente, mesmo que em "um ritmo mais lento do que o esperado"

A Fitch também salientou a importância do trabalho do Banco Central do Brasil em manter a política monetária "prudente", mesmo com "as críticas explícitas de Lula ao BC", que não conseguiram "introduzir grandes mudanças na estrutura de metas de inflação".

Graças a independência do BC do governo, "as expectativas de inflação estão melhorando após alguns nervosismos anteriores". O rating de um país é o risco de inadimplência do emissor de dívidas públicas de longo prazo em moedas estrangeiras. No caso do Brasil, seriam títulos da dívida brasileira denominados em dólares.

A Fitch explicou em seu relatório que os ratings do Brasil "são sustentados por sua grande e diversificada economia, alta renda per capita e profundos mercados domésticos e um grande colchão de caixa que sustentam a flexibilidade de financiamento do soberano e sua alta parcela da dívida em moeda local".

Os ratings também são explicados pela capacidade de absorção de choques, sustentada por uma taxa de câmbio flexível, reservas internacionais robustas e uma posição soberana líquida de credores externos.

Por outro lado, essas notas de crédito são rebaixadas pela alta dívida do governo, rigidez fiscal, fraco potencial de crescimento econômico e pontuações de governança relativamente baixas. No documento divulgado nesta quarta, a Fitch elevou a projeção do PIB brasileiro para 2023 de 0,7% para 2,3%.

Segundo a agência de classificação de risco, essa alta é a continuação do crescimento econômico iniciado nos anos anteriores, com Bolsonaro e Paulo Guedes no comando da Economia. "Com o agronegócio se mantendo como motor da expansão da economia nacional".

"O ímpeto econômico continua em 2023 após uma recuperação pós-pandêmica saudável, apoiada por uma colheita agrícola abundante", escreveram os analistas da Fitch. Com Oeste

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sao pedro