"Quem cala consente," diz Eduardo Salles

A CPI do MST retorna aos trabalhos nesta terça-feira com reunião agendada para às 14h. Na agenda, o depoimento do ex-ministro general Gonçalves Dias, o “G.Dias”, amigo de longa data e ex-segurança do petista Lula. Ele vai depor sobre suposta omissão na geração de relatórios de alerta sobre invasões de terras.

Sob a gestão de G.Dias no Gabinete de Segurança Institucional (GSI), o número de invasões superou, em 3 meses, o total do primeiro ano do governo Bolsonaro. A Agência Brasileira de Inteligência (Abin), que antes integrava o GSI, tinha a responsabilidade de produzir documentos com informações para prevenção de invasões.

“A informação que nós temos é que, mesmo munido desses relatórios, o G.Dias não teria autorizado o envio para as secretaria de segurança dos estados onde as invasões ocorreram nos primeiros meses do ano, no caso Bahia, Pernambuco, Mato Grosso do Sul e São Paulo”, afirmou o relator Ricardo Salles (PL-SP) ao Diário do Poder.

“Quem cala, consente. Se ele não falar, vai ficar implícito que o governo se omitiu em relação a essas providências de cautela”, refletiu Salles sobre o silêncio autorizado pelo ministro André Mendonça, do STF. Para Salles, o imbróglio sobre o repasse dos relatórios se explica.

“Ou por incompetência ou desejo do governo de deixar rolar as invasões”, afirma. “Eu espero que ele utilize essa oportunidade para se posicionar e tentar demonstrar que essa presunção não é verdadeira. Sobre o dia 8 de janeiro ficou claro para nós que ele se omitiu, que ele prevaricou".

"No caso da CPI do MST, queremos saber se esse mesmo comportamento se repete”, concluiu o deputado.

20:05  |  


Muito esforço foi feito para produzir estas notícias. Faça uma doação para repor nossas energias. Qualquer valor é bem vindo. Pode ser via Bradesco, ag 0239, cc 62.947-2, em nome de A Região Editora Ltda, ou pelos botões abaixo para cartão e recorrentes.

     


sao pedro