Lula sabia e viajou às pressas no dia 7

A revista Oeste trouxe uma informação que complica o governo do petista Lula e abala as alegações dele sobre o vandalismo no dia 8 de janeiro. Lula decidiu viajar para Araraquara, em São Paulo, na tarde de 7 de janeiro, quando os alertas de risco de ataques em Brasília já estavam nas mãos dos órgãos do governo.

A informação consta em um documento enviado pelo Gabinete de Segurança Institucional (GSI) à CPMI do 8 de Janeiro, obtido pela Oeste. Ele diz que Lula pediu uma viagem às pressas, intitulada "Missão Araraquara", às 16h43 do dia 7. A cidade é administrada pelo amigo Edinho Silva (PT).

"Posteriormente, no dia 7 de janeiro, às 16h43 min, foi acionada a missão de apoio a situação de enchentes em Araraquara, em SP. Frisa-se que, para tal missão, foram utilizadas as mesmas equipes empenhadas no evento privado do presidente da República, em São Paulo," informa o GSI no documento.

Segundo relatórios da Abin, ele já vinha notificando o governo federal e a segurança do Distrito Federal sobre o risco de "ações violentas" desde o dia 6 de janeiro. Às 19h40 do dia 6 o primeiro alerta foi enviado, via WhatsApp, para o Sistema Brasileiro de Inteligência (Sisbin) e a Célula Integrada de Inteligência de Segurança Pública do DF.

Receberam o alerta 13 órgãos e o então ministro do GSI, Gonçalves Dias, que negou ter recebido informe oficial por meio do grupo. Ele foi demitido depois da divulgação de imagens do circuito interno do Palácio do Planalto pela emissora CNN. Nas cenas, o general aparece à paisana, interagindo com os manifestantes.

A "Missão Araraquara" foi decidida depois de dois alertas máximos disparados pela Abin no dia 7. O órgão afirmou claramente: "Mantêm-se as convocações para ações violentas e tentativas de ocupações de prédios públicos, principalmente na Esplanada dos Ministérios".

Àquela altura, a Agência Nacional de Transportes Terrestres informava que crescia consideravelmente o número de ônibus com destino a Brasília, levando mais 4 mil pessoas para o local. No dia 8 de janeiro, foram mais três alarmes.

Às 9 horas, a Abin comunica: "Após uma discussão acalorada entre os acampados, ficou decidido que os manifestantes partirão em marcha para a Esplanada às 13h". Outros três avisos foram realizados antes de o grupo romper a barreira da polícia.

No dia 8, segundo o site especializado em aviação Aeroin, o chefe do Executivo decolou do aeroporto de Congonhas, na capital paulista, às 13h50, e pousou em Gavião Peixoto, às 14h26. Minutos depois, Brasília estaria sob ataque aos prédios da Praça dos Três Poderes.

A marcha que levou os vândalos até a Praça dos Três Poderes começou às 13h, segundo a Abin. Às 15 horas, os manifestantes furaram o bloqueio da polícia e foram em direção ao Congresso Nacional. Cerca de dez minutos depois, a Casa Legislativa começou a ser depredada.

Às 15h50, o Palácio do Planalto foi invadido e, cinco minutos depois, o Supremo Tribunal Federal foi vandalizado. Lula decretou a intervenção federal no Distrito Federal às 17h50. Ricardo Cappelli, assessor do ministro Flávio Dino (Justiça), foi nomeado interventor federal. Com revista Oeste.

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sao pedro