Vereador é afastado por 'rachadinha'
O clima esquentou na Câmara de Itabuna, onde os funcionários foram surpreendidos com a presença de vários agentes do Gaeco do Ministério Público e da Polícia Rodoviária Federal na manhã desta terça-feira. O grupo investiga um esquema criminoso de “rachadinha” na Casa.
Além da Câmara, a Operação Partilha cumpriu mandado de busca e apreensão na residencia do vereador Dando Leone (Wanderson Pereira Leone), que foi afastado das funções pela Justiça, a pedido do MP, inicialmente por seis meses. Os mandados foram expedidos pela 1ª Vara Criminal de Itabuna.
Ela também proibiu o vereador de entrar na Câmara e de manter contato com qualquer uma das testemunhas durante as investigações. Segundo as investigações, desde o início do mandato Dando Leone vem nomeando servidores comissionados e indicando um para ocupar cargo temporário na Prefeitura de Itabuna.
Em troca das nomeações e da indicação, Dando Leone exigia receber uma boa parte dos salários. Até o momento, foi apurado que o crime era repetido e tinha a conivência de outras pessoas, que estão sendo investigadas. O crime de concussão, quando se usa um cargo para ter vantagens ilegais, é punido com até 12 anos de cadeia.
É a atitude de uma pessoa que tem ou vai assumir um cargo público, e utiliza esse cargo de alguma forma para exigir, para si ou para outro, algum tipo de vantagem indevida. O crime de concussão se parece muito com o crime de Corrupção Passiva e está previsto no artigo 316 do Código Penal.
O PDT de Itabuna, através do presidente Edmilson Silva, afirma que está "acompanhando com atenção" as investigações do Ministério Público sobre seu vereador. Mas diz que "precisa aguardar o resultado das apurações e garantir o amplo direito de defesa ao vereador antes de tomar uma atitude concreta".
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