Senador diz que ação foi "perseguição"

O senador Marcos do Val afirmou que foi alvo de operação da Polícia Federal por "perseguição" do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes e do ministro da Justiça, Flávio Dino. O senador disse que já aguardava uma ação policial. "Já estava esperando, mas não no meu aniversário." Do Val completou 52 anos nesta quinta.

Para o senador, a "vingança" de Moraes tem a ver com o pedido de convocação do ministro para a CPMI do 8 de Janeiro. "Eu sabia que poderia acontecer a qualquer momento. O ministro Alexandre de Moraes viu isso como uma afronta", afirmou o senador em entrevista ao R7.

Na quinta à tarde, agentes da PF cumpriram três mandados de busca e apreensão em endereços do parlamentar, incluindo o gabinete no Senado. As autorizações foram expedidas por Moraes. Os agentes apreenderam documentos, o celular funcional do senador, um computador e uma arma legalizada.

Também por ordem de Moraes, o Twitter bloqueou a conta do senador. O envio da Polícia Federal pelo ministro Alexandre de Moraes ao gabinete do senador senador deixou a Casa em alerta. Alguns parlamentares telefonaram ou pediram para conversar pessoalmente com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).

Ele atendeu a maioria dos pedidos e confirmou que foi informado previamente da ação da PF. Para o senador Mourão, "ver a PF fazendo operação de busca e apreensão, dentro de um gabinete no Senado Federal e ainda bloquear as redes do parlamentar no dia do aniversário, parece-me mais vingança do que dever de ofício".

Oeste ouviu de alguns senadores a análise de que Moraes “cruzou a linha” do Senado. Até agora, o ministro havia enfrentado a Câmara, sobretudo na prisão do deputado Daniel Silveira (RJ) e depois com o bloqueio de perfis de conservadores nas redes sociais. Mas o Senado, não.

A avaliação é de que Moraes respeitava essa linha porque o Senado é a única Casa com poderes constitucionais para frear o Judiciário, por exemplo, pautando pedido de impeachment de um ministro do Supremo. Rodrigo Pacheco, que se omite sempre que pode, parece ter um problema grande pela frente.

O Senado fará valer o artigo 53 da Constituição, que diz: “Os deputados e os senadores são invioláveis, civil e penalmente, por quaisquer de suas opiniões, palavras e votos”, ou não? Com Oeste

16:32  |  


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