Bolsonaro fala de "facada nas costas"

O presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou nesta sexta que em 2018 tentaram mat-alo com uma facada pela frente, e hoje levou “uma facada nas costas” depois da decisão do Tribunal Superior Eleitoral que o tornou inelegível por oito anos. O TSE alegou que ele cometeu abuso de poder político e fez mal uso de meios de comunicação.

A defesa de Bolsonaro vai recorrer da decisão no Supremo Tribunal Federal (STF), mesmo sabendo que o julgamento será político. “Há pouco tempo tentaram me matar em Juiz de Fora, levei uma facada na barriga. Hoje levei uma facada nas costas com a inelegibilidade”, disse numa coletiva em Belo Horizonte (MG).

Bolsonaro acredita ter sido “a primeira condenação por abuso e poder político. Um crime é ser corrupção. Isso é crime? Abuso de poder político? Por defender algo que eu sempre defendi quando parlamentar? (o voto impresso)”, questionou aos repórteres.

O ex-presidente afirmou que “não é o fim da direita no Brasil”. “Antes de mim ela existia, mas não tinha forma. Não vamos desistir do Brasil”. Bolsonaro também falou sobre os atos de 8 de janeiro, questionando qual teria sido a sua participação nas manifestações.

“Dia 30 de dezembro de 2022 eu saí do Brasil e infelizmente aconteceu o 8 de janeiro. Quem fala em golpe não sabe o que é golpe. Com todo respeito, é um analfabeto político. Ninguém vai dar golpe com senhorzinhos e senhorinhas com bandeiras do Brasil”, afirmou.

Para o presidente, a decisão judicial enfraquece todo o processo democrático do país, já vilipendiado pelas decisões de mão única do TSE durante toda a campanha eleitoral, com leniência para infrações da esquerda e punição certa para a direita. “Quem levou uma apunhalada não foi Jair Bolsonaro, foi a democracia brasileira.”

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