Roma repudia fala fascista de Dino

O presidente do PL na Bahia, João Roma, repudiou a fala do ministro da Justiça, Flávio Dino, de que o controle das redes sociais e da opinião dos cidadãos será feito "na marra", mesmo que o Congresso rejeite o Projeto de Lei da Censura. Dino afirmou que usará decretos e decisões do Supremo Tribunal Federal.

Roma lembra que o PL já deu a maior votação contra essa medida, mas não foi somente o PL. Os parlamentares foram taxativamente contra e a fala do ministro demonstra desprezo pelo parlamento. Para ele, é uma afronta ao Congresso Flávio Dino dizer que as ações previstas no projeto vão ser feitas de qualquer jeito.

O ex-ministro da Cidadania considera que o atual cenário de insegurança jurídica faz com que as pessoas não saibam mais que leis regem o país. Roma criticou, por exemplo, as prisões após o vandalismo de 8 de janeiro. Não há prisão coletiva prevista em lei. O que vimos foram prisões esdrúxulas até do pipoqueiro, lembra.

Roma também criticou a autorização dada por Alexandre de Moraes para que policiais federais fossem à residência do ex-presidente Jair Bolsonaro para averiguar supostas fraudes no cartão de vacinação. Ele afirmou, em diversas vezes, que não se vacinou. “O nome disso é ‘pescaria’. Dá ordem sobre um assunto para buscas outro”, diz.

O ex-ministro também lembrou que o ministro do STF não respeitou o parecer do Ministério Público Federal, que não recomendou a ação. “Alexandre de Moraes passou por cima do MPF. Estão usando o poder do estado para cometer crimes, pois vemos o exercício da anti-Justiça”.

Roma comparou a prisão imposta ao ex-ministro da Justiça Anderson Torres, por suposta leniência com os atos de 8 de janeiro, enquanto o atual ministro não é responsabilizado por suas falas e ações. “Essa prisão do Anderson Torres, por si só, é um crime. Observamos um Brasil em que não se atenta mais ao que mandam as leis".

O ex-ministro da Cidadania também condenou a posição tomada pelo ministro da Casa Civil e ex-governador da Bahia, Rui Costa (PT). “Rui Costa dizia que isso era consequência de uma legislação muito branda e hoje, como chefe da Casa Civil, não toma mais para si uma pauta que é tão importante para a Bahia e para o Brasil”.

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sao pedro