Prefeitura cede prédio histórico à PM
O vereador Tandick entrou com uma ação na Justiça para impedir que o prefeito Mário Alexandre entregue um dos prédios históricos mais importantes de Ilhéus à Polícia Militar. Ele questiona a cessão do antigo Colégio General Osório para que a PM instale uma base operacional.
Segundo o vereador, "é estarrecedor o descaso das autoridades e órgãos protetores do patrimônio histórico cultural que, em desvio de finalidade e ilegalidade, estão destinando um prédio construído há mais de 100 anos, que é vinculado a fatos memoráveis da história de Ilhéus, para a instalação da base da polícia".
Inaugurado em 1915, como primeira escola pública deste porte na cidade, sua arquitetura teve influência da Belle Époque francesa. Ele já foi usado para sediar a Biblioteca Municipal e o Arquivo Público nas gestões de Jabes Ribeiro, mas foi abandonado por Marão e agora entregue para fins inadequados.
O prédio foi construído pelo Intendente Antonio Pessoa em um terreno doado pelo coronel Misael Tavares. Ele funcionou como escola por 80 anos, com 320 alunos. Durante as duas guerras mundiais, foi cedido para sediar tropas do Exército. Depois no início da década de 90, passou por uma grande reforma.
Em 2001, o então prefeito Jabes Ribeiro conseguiu retomar a propriedade do imóvel para o município. Depois de nova reforma, os alunos foram transferidos para outras escolas e o prédio passou a abrigar a Biblioteca Pública Municipal Adonas Filho e o Arquivo Público João Mangabeira, com salas de informática, vídeo e pesquisa.
Em março de 2011 o local foi interditado por risco de desabamento e em 2012 a Justiça ordenou uma reforma imediata, porém ela não chegou a ser feita. Em 2021, o jornal A Região e a imprensa de Ilhéus denunciavam as infiltrações, rachaduras, falhas no telhado, mato alto, portas e janelas estragadas depois de anos de descaso.
O vereador Tandick então enviou um documento ao prefeito Mário Alexandre destacando que “muitos ilheenses estudaram na escola onde hoje é a biblioteca municipal, o prédio tem uma arquitetura artística e um valor histórico inestimável. Conservar esse patrimônio é um compromisso com as futuras gerações”.
Muito esforço foi feito para produzir estas notícias. Faça uma doação para repor nossas energias. Qualquer valor é bem vindo. Pode ser via Bradesco, ag 0239, cc 62.947-2, em nome de A Região Editora Ltda, ou pelos botões abaixo para cartão e recorrentes.
