Pimenta alega que "não é o montanha"

O ministro da Secom, Paulo Pimenta, negou nesta quarta-feira que tinha o apelido de “Montanha” na lista de propinas da Odebrecht, empreiteira investigada na Operação Lava Jato. “Quando ouço a expressão ‘montanha’, me lembro da montanha de votos que faço em cada eleição”, ironizou o petista na Câmara.

Em 2016, o ex-executivo da petroleira Benedicto Júnior, diretor do departamento de “propina” da Odebrecht, confirmou, em delação premiada ao Ministério Público Federal, uma lista com mais de 200 de apelidos de políticos e com os valores que cada um recebia, repassados pela empresa.

Segundo o ex-executivo, os apelidos eram usados para que os trabalhadores do “baixo-clero”, que faziam os repasses, não soubessem para quais políticos a propina iria. Quem escolhia os codinomes eram os funcionários que tinham contato direto com as autoridades.

Como não existia uma central para organizar as operações, o mesmo beneficiário poderia aparecer mais de uma vez na listagem, ou o mesmo apelido poderia identificar duas pessoas diferentes. No documento, Pimenta é identificado como “Montanha”, Lula como "Amigo" e Gleisi Hoffmann como "Amante".

Além deles, outros políticos conhecidos estavam na lista de comprados: Aloísio Mercadante (“Aracaju”), Renan Calheiros (“Atleta”), Manuela D’Ávila (“Avião”), Marta Suplicy (“Barbie” ou “Belo Horizonte”), Geraldo Alckmin (“Belém” ou “M&M”), Anthony Garotinho (“Bolinha” ou “Pescador”), Rodrigo Maia (“Botafogo”).

O ministro teve de ir à Câmara dos Deputados para dar explicações sobre nove requerimentos protocolados pela oposição. Os documentos abordam os seguintes temas:

- Plano de governo sobre a liberdade de expressão e de imprensa;

- A campanha promovida pelo governo contra notícias falsas, chamada “Brasil contra fake“;

- O financiamento público destinado aos influenciadores digitais que fizeram propaganda para o governo federal;

- A parceria do governo com um grupo de mídia do Partido Comunista Chinês;

- A minuta do texto do Executivo para o PL 2630/2020, "PL da Censura", que tramita na Câmara;

- Uma declaração do ministro em que ele afirma que “bolsonaristas” roubaram armas letais e não letais do Gabinete de Segurança Institucional; e uma denúncia de que funcionários da Secom mantêm um drive com material atacando parlamentares e empresas contrários ao PL 2630.

Pimenta ainda negou que tenha compartilhado teorias da conspiração contra a facada que o ex-presidente Jair Bolsonaro sofreu, em 2018. “O que disse sobre a ‘fakeada‘ não era em relação à tentativa de assassinato. Referia-me às teorias de que era algo provocado pela esquerda, alguém ligado ao Psol… isso é fake news".

Em fevereiro de 2022, Pimenta chamou a tentativa de assassinato de Bolsonaro de “fakeada”. A publicação nas redes sociais ocorreu depois que o então presidente compartilhou um vídeo da época em que fez a primeira cirurgia após a facada. Ela foi desferida por Adélio Bispo, ex-filiado do Psol.

Adélio foi considerado “inimputável por transtorno mental” e está internado em um presídio federal. Em 2022, a polícia concluiu que ele agiu sozinho, mas uma filiação antiga de Adélio ao Psol gerou rumores sobre a possibilidade do ato criminoso ter sido “encomendado” por outra pessoa. Com Oeste

Lembrando: Lula foi condenado por corrupção e lavagem de dinheiro em três instâncias judiciais e passou mais de 500 dias na prisão. Mais tarde, o STF julgou que processos federais de Lula não podia ter sido julgados pela Justiça Federal de Curitiba. Ele anulou as condenações e mandou os casos para a primeira instância em Brasília.

Como o STF esperou 5 anos para decidir que Curitiba não poderia ter julgado, devido à idade de Lula os casos prescreveram por perda do prazo de validade. Os juízes foram obrigados a arquivar todos eles sem julgamento de mérito, ou seja, Lula não foi inocentado e nenhuma das milhares de provas foi anulada.

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sao pedro