MPF critica descaso de Lula com Yanomami
O Ministério Público Federal (MPF) está cobrando que o governo de Lula (PT) explique o motivo de não reabrir as unidades de saúde, cinco meses após o decreto que instituiu medidas para enfrentar uma emergência em saúde pública e de combate ao garimpo ilegal, na Terra Indígena Yanomami (TIY), em Roraima.
Em ofício, o MPF dá dez dias para que a Polícia Federal (PF), o Ministério dos Povos Indígenas, Ibama, Funai e Secretaria Especial de Saúde Indígena relatem eventuais solicitações de apoio logístico ao Ministério da Defesa para a execução da retirada de garimpeiros ilegais.
O MPF afirmou ter informações de que o Ministério da Defesa estaria, supostamente, limitando o apoio prestado às equipes da Funai, Ibama e PF para efetivar medidas importantes, entre elas, a ocupação de regiões mais isoladas cujas unidades de saúde foram fechadas pelo garimpo ilegal.
“Contando com dez aldeias e uma população total de cerca de 600 indígenas – com grande percentual de crianças em situação de subnutrição (80%), as regiões de Homoxi e Kayanaú continuam sem assistência básica de saúde. O impacto pode ser ainda mais grave, considerando que não há normalização do atendimento em outras cinco regiões com mais de 50 aldeias e população aproximada de 4,4 mil indígenas”, afirma o MPF.
No ofício, o MPF pede que os órgãos do governo de Lula informem as consequências operacionais da eventual negativa de apoio logístico da Defesa. Segundo o órgão, o apoio do Ministério da Defesa teria sido limitado ao transporte aéreo, com morosidade no atendimento de pedidos e insuficiência de apoio.
O MPF pondera sobre o êxito da operação em impedir a expansão das atividades de mineração ilegal. Mas condena a morosidade da retirada de garimpeiros nas regiões mais isoladas da área Yanomami, que subjuga comunidades à violência de criminosos, à desassistência em saúde, que gera maiores impactos sobre crianças. Com Diário do Poder
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