Grupo quer fim da obra do aeroporto

As entidades ligadas ao comércio e ao turismo de Ilhéus se reuniram para debater a interminável reforma do Aeroporto Jorge Amado, feita pela Socican sob fiscalização do governo do estado. A empresa administra o equipamento e não dá respostas sobre a obra, que está parada, prejudicando os dois principais setores da cidade.

A Socican iniciou a ampliação do terminal e a construção do novo estacionamento em dezembro de 2019, prometendo entregar em 12 meses. Mas a obra já dura 42 meses e continua parada, como já denunciaram, várias vezes, o jornal A Região e a rádio Morena FM. A novela não tem previsão para acabar e causa vários transtornos.

Quem embarca ou pega alguém no aeroporto não tem onde estacionar. Quem antes viajava a Salvador, e deixava o carro para pegar na volta, não tem mais esta opção. As ruas do entorno, até a beira da praia, estão lotadas de carros. Passageiros precisam chegar até duas horas antes para não perder o voo.

Principal entrada de turistas no sul da Bahia, o aeroporto em obras prejudica não só Ilhéus como Itacaré, Canavieiras e Itabuna. As entidades, que não conseguem um retorno da Socican, esperam agregar outras, de toda a região, para exigir providências. Apesar de privado, o aeroporto tem as obras acompanhadas pelo estado.

Uma placa na frente da construção abandonada diz que o "O estado está trabalhando", trazendo assinaturas do governo e da Agerba. O descaso da governadoria também é patente, já que não cobra a retomada da obra nem explica qual seu papel na reforma. A placa não dá detalhes de prazo nem verbas envolvidas.

Enquanto isso, a bagunça vem causando transtornos e prejuízos para a economia, o comércio, o turismo e a indústria locais. A concessão do aeroporto é de 30 anos e inclui a obrigação de a Socican investir em melhorias, com prazos que não estão sendo cumpridos pela concessionária.

O presidente da OAB-Ilhéus, Jackson Cupertino, diz que o dever de fiscalizar o cumprimento do contrato é do estado, inclusive aplicando as penalidades necessárias para o cumprimento das cláusulas. Para o grupo, a Socican oferece um péssimo serviço, sem conforto para os passageiros nem eficiència.

O grupo também prepara um ofício ao governador Jerônimo Rodrigues pedindo respostas e comprometimento, além de articular uma ofensiva junto a lideranças políticas. Ele inclui a ACII, Atil, sindicatos do Comércio Varejista e Atacadista, dos Taxistas e Rural, mais a Câmara de Diretores Lojistas.

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sao pedro